A hipertensão é uma enfermidade crônica que ocorre quando os níveis da pressão arterial atingem valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg – mais conhecido como “14 por 9”. Na Paraíba, dados do Ministério da Saúde revelam que há mais de 800 mil pessoas com a doença, o que corresponde a 27,3% da população adulta. Nesta sexta-feira (26), Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, o cardiologista da Hapvida Notre Dame Intermédica, Josely Figueiredo, explica que a comorbidade tem relação com a qualidade da circulação de sangue no corpo. Foto: Ascom / Divulgação.
“É uma doença de causa multifatorial e metabólica que acomete diretamente o sistema cardiovascular, levando ao enrijecimento dos vasos sanguíneos, a processos inflamatórios e à lesão de órgãos como coração, rins e cérebro. Como consequência, dificulta o fluxo sanguíneo, comprometendo o transporte de nutrientes e oxigênio para as células”, esclarece o especialista.
A estimativa é que 444.770 mulheres e 355.276 homens tenham hipertensão arterial na Paraíba. Josely Figueiredo aponta a genética como a principal causa do desenvolvimento do distúrbio, mas também destaca outros fatores que influenciam nos níveis de pressão. “Peso elevado, consumo excessivo de álcool, tabagismo, sedentarismo, dieta rica em sal, uso indiscriminado de anti-inflamatórios e corticosteroides, e consumo indevido de hormônios para fins estéticos podem levar à hipertensão arterial”, elenca.
Na maioria dos casos, a doença é silenciosa, não apresentando sintomas agudos. No entanto, se não for tratada adequadamente, pode causar consequências críticas ao organismo, como ressalta o cardiologista. ”É um grave fator de risco para infarto agudo do miocárdio, doença cerebrovascular e insuficiências renal e cardíaca. Na gestação, pode levar a parto prematuro e baixo desenvolvimento fetal”.
Apesar de não ter cura, a doença pode ser controlada de forma eficaz, possibilitando qualidade de vida ao paciente. “Visitas regulares ao médico para o correto diagnóstico e tratamento precoce com mudança de hábitos de vida são as principais medidas para controlar a hipertensão arterial e, consequentemente, promover uma vida longeva e mais saudável”, orienta o profissional.
Mudança – A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) divulgou novas diretrizes para tirar medidas de pressão. De acordo com o documento, a verificação feita pelo médico durante as consultas não deve ser a única referência para fechar o diagnóstico de hipertensão, pois ela pode sofrer alterações. Agora, a aferição realizada em casa também deve ser considerada. (*) Ascom
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