Lula anuncia salário mínimo de R$ 1.320 e aumento da isenção do IR

Presidente divulgou o reajuste e nova fórmula para o cálculo. 

Foto: Twitter / Reprodução. 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou aumento do salário mínimo neste domingo, 30. Aproveitando a data simbólica do Dia do Trabalhador, o chefe do Executivo divulgou o reajuste que elevou o valor de R$ 1.302 para R$ 1.320 no mês de maio, que passará a valer a partir de segunda-feira, 1º.

O anúncio foi feito em seu primeiro pronunciamento em rede nacional de rádio e TV. O aumento foi uma promessa de campanha de Lula, que enfrentou resistências de autoridades financeiras, já que a elevação deve custar cerca de R$ 4,4 bilhões neste ano.

Além disso, o presidente afirmou que haverá isenção do Importo de Renda para quem ganha até R$ 2.640, isto é, dois salários mínimos. Em seu vídeo, Lula alfinetou o governo de Jair Bolsonaro (PL), criticando a falta de empregos, e a inflação alta.

"Tudo piorou nos últimos anos. O emprego sumiu, os salários perderam o poder de compra, a inflação subiu, os juros dispararam. Direitos conquistados ao longo de décadas foram destruídos de um dia para o outro. Poucas vezes na história, o pvo brasileiro foi tratado com tanto desprezo e teve tão pouco a comemorar. Felizmente, esse mau tempo ficou no passado", afirmou.

O presidente ainda disse que desde o primeiro dia de seu terceito mandato, "tem trabalhado para reconstruir o Brasil", e garantir os "direitos do povo brasileiro". Além disso, o chefe do Executivo também destacou que nos próximos dias encaminhará um projeto de lei ao Congresso, que visa tornar permanente a política de valorização do salário mínimo.

Novo cálculo

Ainda de acordo com o presidente, o salário mínimo também passará a ter uma nova fórmula de reajuste anual, que levará em conta também o crescimento da economia, além da inflação.

O valor do salário mínimo é anualmente revisto para preservar o poder aquisitivo e garantir a sobrevivência financeira dos trabalhadores. 

A maneira como o valor é calculado mudou nos últimos anos. Até 2019, por exemplo, dois fatores eram levados em consideração: o Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), ambos do ano anterior ao reajuste. A partir de 2020, no entanto, passou a ser reajustado apenas com base na inflação, sem levar em consideração o crescimento da economia.

Agora, conforme anunciou Lula, a fórmula deve mudar mais uma vez. Insatisfeito com a maneira que é feita atualmente, o presidente quer voltar ao modo como o cálculo era feito antes da pandemia, considerando também o PIB brasileiro. (*) Terra


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