19 de abril: Paraíba tem única mulher indígena do Brasil a ocupar o cargo de prefeita

A prefeita de Marcação, na PB, Eliselma Silva de Oliveira. Foto: Ascom. 
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que o número de indígenas eleitos prefeitos e vereadores cresceu nas últimas eleições municipais. Os prefeitos indígenas passaram de seis para oito, na comparação com as eleições de 2016. Já os vereadores aumentaram de 168 para 179. Contando com os vice-prefeitos, 197 indígenas saíram vitoriosos nas eleições do último domingo, contra 184 em 2016. A Paraíba ocupa a segunda posição nacional com 18 indígenas eleitos em 2020, entre prefeito, vices e vereadores e tem a única mulher indígena do Brasil a ocupar o cargo de prefeita. 

Nesta quarta-feira (19), Dia dos Povos Indígenas, a Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup) parabeniza e destaca atuação da prefeita do município de Marcação, no Litoral Norte paraibano, Eliselma Silva de Oliveira, mais conhecida como Lili, da etnia Potiguara. Na disputa eleitoral de 2020, Lili venceu a eleição integrando uma chapa formada apenas por indígenas. 

“Nesse dia tão especial destacamos a atuação da nossa prefeita do município de Marcação que tem trabalhado incansavelmente por melhorias, qualidade de vida e respeito para seu povo. A Famup, em nome da prefeita Lili, parabeniza todos os indígenas paraibanos, reafirmando nosso compromisso em continuar lutando por mais espaços na política e nos espaços de decisões de poder para toda comunidade. A representação indígena é necessária em todas as instâncias, no Executivo, no Legislativo, no Judiciário”, destacou George Coelho, presidente da Famup. 

Para George Coelho, a representatividade na política é essencial para combater o preconceito e tornar a sociedade mais justa, dando aos índios a chance de ter vez e voz nas decisões políticas que historicamente os massacraram no Brasil 

Perfil – Graduada em enfermagem, a prefeita Lili atuou profissionalmente em postos do Programa Saúde da Família (PSF) em diversas aldeias do município entre 2010 a 2012, quando decidiu iniciar a carreira política. Também trabalhou como professora por sete anos. (*) Ascom

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