Cresce número de crianças não alfabetizadas; psicopedagoga mostra como pais podem ajudar no aprendizado

Foto: Hapvida / Divulgação. 
A alfabetização, processo em que a criança aprende a ler e escrever, foi uma das áreas mais afetadas pela pandemia da covid-19. Um levantamento feito pelo ‘Todos pela Educação' mostrou que nos últimos dois anos, aumentou para 66,3% o número de crianças de 6 a 7 anos que não chegaram a essa etapa da educação. Com o retorno das atividades presenciais nas unidades de ensino, reduzir o atraso é um desafio para professores e também familiares, que podem participar desse processo. 

Psicopedagoga do Hapvida NDI em João Pessoa, Lucilene Almeida explica que a interação dos pais tem papel fundamental na aprendizagem da criança. Ela destaca uma pesquisa feita pelo movimento ‘Todos Pela Educação’, que apontou que quanto mais participativos são os pais, melhor é o desempenho dos filhos na escola.

“O envolvimento dos responsáveis na rotina de estudos não apenas tem impactos positivos no relacionamento familiar, como também pode gerar notas mais altas e maior qualidade no aprendizado”, pontuou. 

Para contribuir com a alfabetização dos filhos e com o processo de ensino, a psicopedagoga lista algumas atitudes que os pais devem tomar, como incentivar o gosto pela leitura desde cedo; conversar, brincar e interagir com a criança; ajudar o filho a desenvolver o autocontrole, a atenção, a se autorregular, a entender e respeitar limites; encorajar a criança a ser curiosa, explorar o mundo e enfrentar os desafios da escola. 

Defasagem - A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) detalha que a alfabetização deve iniciar no 1º ano do fundamental, por volta dos 6 anos, podendo ser concluída até os 7 anos e meio. Em 2021, 2,4 milhões de crianças nessa faixa etária não sabiam ainda ler ou escrever. Mais do que um simples atraso, não atingir esse marco na idade adequada pode trazer outros prejuízos para aprendizagem futura, como aumento do risco de reprovação, abandono e até evasão escolar.

 Apesar da escola trabalhar de maneira direta para a alfabetização, a psicopedagoga aconselha as famílias a realizarem um trabalho em paralelo, reforçando o que a criança tem visto e criando um ambiente de suporte para os professores. 

 “É fundamental manter a criança na escola; incentivar a realização das tarefas dadas pelos professores; ouvir os filhos sobre o que está vivendo; propor atividades lúdicas, como jogos; ler em frente às crianças e fazer as crianças lerem para adultos; reduzir o tempo de telas e em alguns casos, adotar as aulas particulares como um reforço”, listou a especialista. 

A criança pode ter também alguma dificuldade específica que seja um empecilho no processo de alfabetização, o que pode ser solucionado com o apoio da psicopedagogia. Profissional da área, Lucilene explica que o psicopedagogo ajuda a identificar a defasagem e facilita o entendimento, através de mecanismos adequados. (*) Hapvida

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