Tempo no trabalho de mulher que sofre violência é 22% menor, destaca Camila no Dia do Trabalhador

Foto: Ascom / Divulgação. 
As agressões restringem o desenvolvimento das potencialidades da mulher, inclusive a sua inserção e produtividade no mercado de trabalho. Dados da pesquisa “Violência doméstica contra a mulher e o impacto no trabalho” mostram que enquanto a duração média do emprego para as mulheres que não sofrem violência é de 74,82 meses, a das que sofrem violência é de 58,59 meses, uma redução de 22%.

Neste domingo (1º), Dia do Trabalhador, a deputada estadual Camila Toscano (PSDB) defendeu medidas que tirem a mulher do ciclo de agressão, bem como a implantação de programas voltados ao encaminhamento para o mercado de trabalho. A parlamentar sugere a implantação de uma plataforma digital com vagas de emprego voltadas para mulheres vítimas de agressão. 

“A falta de um emprego afeta diretamente a autonomia econômica da mulher e amplia a sua dependência do parceiro, mantendo-a no ciclo de violência. As empresas precisam embarcar nessa luta, abrir espaço para mulheres vítimas de violência”, destacou.

De acordo com Camila, um dos principais mecanismos pelo qual a violência doméstica pode afetar a produtividade da mulher é por meio da deterioração da saúde. “A violência doméstica pode comprometer as funções cognitivas da mulher tais como concentração e memória, afetando o desempenho no trabalho. Esse é outro tema que precisamos debater e buscar soluções diante dessa realidade tão cruel que é a violência contra a mulher”, afirmou. 

Dados – A pesquisa mostra ainda que 47% das mulheres nordestinas perderam de um a três  dias de trabalho por conta das agressões sofridas; 22% de quatro a sete dias; 20% de oito a 29 dias; e 12% perderam 30 dias ou mais. 

Salário – Considerando o valor do salário-hora em R$ 8,16 e uma jornada de 8 horas de trabalho/dia, a pesquisa estima que aproximadamente R$ 64,4 milhões da massa salarial são perdidos como resultado da falta de oportunidade causada pela violência doméstica contra as mulheres nas capitais nordestinas.

Os menores salários encontram-se no grupo de mulheres negras que são vítimas de violência, enquanto os maiores salários estão no grupo das mulheres brancas que não sofrem violência. É digno de nota que as mulheres brancas que sofrem violência doméstica ainda assim recebem um salário maior que as mulheres negras não vitimadas por esse tipo de violência. 

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