Camila: Mulher conquistou direito ao voto, mas enfrenta dificuldade de ser votada e ocupa apenas 15% dos cargos eletivos

A parlamentar relata que se não bastassem as dificuldades para conquistar cargos eletivos, as mulheres ainda são vítimas de violência política. 

Foto: Divulgação / Ascom. 
As mulheres são 52,50% do eleitorado, mas, mesmo sendo maioria, elas foram eleitas para n15% dos cargos eletivos nas eleições de 2020. Nesta quinta-feira (24), data que marca os 90 anos da conquista do voto feminino no Brasil, a deputada estadual Camila Toscano (PSDB) destaca que as mulheres ainda precisam ocupar espaços na política e em cargos de liderança. 

“A mulher conquistou direito ao voto há 90 anos, mas ainda enfrenta dificuldade de ser votada. É triste reconhecer isso, mas ainda temos muito que avançar. As mulheres são mortas por serem mulheres, são vítimas de violência dos companheiros pois eles acreditam que têm a posse sobre elas e ainda são colocadas em segundo plano nas disputas eleitorais”, disse. 

A conquista do voto feminino no Brasil aconteceu em 1932, quando o Código Eleitoral garantiu a mulheres acima de 21 anos os direitos de votar e serem votadas em todo o território nacional. Dois anos depois, em 1934, passou a ser previsto na Constituição Federal.

Camila defende um debate dentro dos partidos políticos sobre a participação feminina nas eleições. Ela lembra que as mulheres representam 45,30% das filiações partidárias, mas acabam ocupando papéis secundários na disputa. “Precisamos cobrar e ocupar espaços dentro da política”, afirmou. 

Violência política - A parlamentar relata que se não bastassem as dificuldades para conquistar cargos eletivos, as mulheres ainda são vítimas de violência política. Lembrou que a Assembleia Legislativa do Estado aprovou o projeto 2.686/2021, de sua autoria, para coibir o assédio e a violência política contra as mulheres. 

A propositura é voltada para mulheres candidatas, eleitas ou nomeadas para o exercício de um cargo ou função pública, sejam elas de natureza efetiva, em comissão ou terceirizadas. Conforme o PL, todo ato praticado pela mulher em decorrência de assédio ou violência, será considerado nulo e um procedimento administrativo deverá ser instaurado para responsabilizar o autor. 

Uma pesquisa realizada pelo jornal O Globo revelou que 80,8% das deputadas federais e senadoras brasileiras já sofreram algum tipo de violência política de gênero durante o exercício do mandato. Entre elas, 54,8% entendem que foram violentadas dentro do próprio Parlamento. 

Compartilhe no Google Plus
    Faça seu comentario pelo Gmail
    Faça seu comentario pelo Facebook

0 comments:

Postar um comentário