31% das vítimas de violência apresentam adoecimento mental; Camila defende olhar atento e rede de cuidados

Foto: Divulgação / Assessoria. 
Vivenciar uma situação de violência é, muitas vezes, um ciclo duradouro. Uma agressão física ou verbal pode ter impactos permanentes na saúde mental da mulher que foi vítima. Dados do Comitê de Políticas de Prevenção e Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres (CoMu), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), mostram que do total de usuárias que vivenciaram agressões, 31% foram encaminhadas para serviços de atendimento em saúde mental. Dentre as que relataram estar em sofrimento psíquico, 41,3% relacionaram o adoecimento mental com a violência sofrida. Além disso, 17,2% das mulheres afirmaram ter ideação ou pensamentos suicidas e já tentaram suicídio. 

A deputada estadual Camila Toscano (PSDB) afirmou que no Janeiro Branco também é importante promover um debate sobre a saúde mental das mulheres vítimas de violência e ter ações específicas de cuidado com esse público. Ela defende uma rede de cuidados e atendimento psicológico continuo para aquelas que sofreram violência. 

“Além da dor física de sofrer uma agressão, as vítimas também estão suscetíveis a problemas emocionais em decorrência da situação sofrida. A violência contra a mulher põe em grande risco a saúde mental das vítimas. Isso acontece por diversos motivos. Além da agressão psicológica, que diminui a sua autoestima, a mulher que é privada de relações saudáveis pode sofrer com ansiedade e depressão. A violência também pode causar na vítima o sentimento de culpa ou vergonha”, destacou Camila. 

Camila destaca ainda que apesar da violência psicológica ser tipificada na Lei Maria da Penha como qualquer conduta que cause “dano emocional e diminuição da autoestima”, um levantamento do Gênero e Número, de 2019, aponta que esse ato de violência dificilmente é punido visto que há impasse em mensurar de que forma um comportamento ou uma ação praticada pelo agressor pode levar ao dano psicológico. 

Lei – Na Paraíba, a Lei 11.388/19, de autoria da deputada Camila Toscano, cria a Política de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome da Depressão com o objetivo de detectar a doença ou evidências de que ela possa vir a ocorrer, visando prevenir seu aparecimento. A Lei prevê ainda a realização de pesquisas visando o diagnóstico precoce da depressão e seus distúrbios; evitar ou diminuir as graves complicações para a população decorrentes do desconhecimento acerca da depressão e seus tipos, bem como aglutinar ações e esforços para maximizar seus efeitos benéficos. 

Gênero – A violência contra a mulher é “qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como privado”. Essa definição foi estipulada pela Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, que aconteceu no Pará, em 1994.


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