Brejo paraibano enfrenta maior crise hídrica da história e Camila culpa governo do Estado por colapso: "Deixou de agir quando necessário"

Açudes do Brejo estão com menos de 5% de sua capacidade, destaca a deputada Camila Toscano. Foto: Divulgação. 
Grande parte dos açudes que abastece os municípios do Brejo paraibano se encontra abaixo dos 5% da capacidade ou até mesmo totalmente sem água, como é o caso dos reservatórios de Covão, em Areial; de Emídio, em Montadas, e de Manguape em São Sebastião de Lagoa de Roça. Outros açudes como Canafístola II, em Borborema, encontra-se com apenas 1,68% de capacidade; Chupadouro II, em Serra Redonda, com 0,66%; Nova Camará, em Alagoa Grande, com 0,32%; Pirpirituba com 3,82%; Suspiro, em Serra da Raiz, com 4,45%; Vaca Brava, em Areia, com 0,28%, e Jandaia, em Bananeiras, com pouco mais de 5%. 

A deputada estadual Camila Toscano (PSDB) defendeu que a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) garanta, junto ao Governo do Estado, ações que possam sanar a situação da população e garantir o abastecimento de água. “Eu venho falando reiteradamente que chegaríamos ao colapso no abastecimento e o governo continuou de braços cruzados. Em todo esse tempo de vida e de vivência na política, nunca tinha visto a região do Brejo passar por essa situação de falta de água tão grave. Essa é a maior crise hídrica vista na região”, destacou. 

Para Camila, o Governo do Estado não vem agindo como deve em relação a situação de abastecimento de água no Brejo. “Há dois anos, antes mesmo dessa pandemia, estive na Cagepa para discutir essa situação junto aos prefeito de Pirpirituba e Lagoa de Dentro. Nós já alertávamos que se nada fosse feito, ia faltar água na região, chegando ao colapso total. Infelizmente o Governo do Estado deixou de agir quando necessário”, lamentou. 

De acordo com a deputada, a situação se agrava mais ainda uma vez que nem os municípios e nem mesmo a população pode arcar com o abastecimento por meio de carro-pipa. “Esse é um gasto alto e a população não tem condições. Os municípios também não terão como arcar com essa conta e por isso, precisamos da ajuda do Governo do Estado e Governo Federal. Essa situação era previsível e os prefeitos já alertavam para essa calamidade, mas infelizmente o Estado não colocou isso como prioridade”, disse. 

De acordo com dados da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), na Paraíba existe apenas um reservatório sangrando, 87 com capacidade superior a 20% do volume total, 19 em observação (menor de 20% da capacidade) e 27 reservatórios em situação crítica, ou seja, menor de 5% do volume total.

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