Oito mulheres são agredidas por minuto; Camila defende ações de combate à violência e de geração de renda

Foto: Divulgação / Assessoria. 
Levantamento inédito do Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta que a cada minuto, oito mulheres são agredidas no país durante a pandemia. Uma em cada quatro mulheres sofreu violência física, psicológica ou sexual. Os números aumentaram durante a pandemia, dificultando a busca por ajuda durante o isolamento social. Para 25,1% das mulheres ouvidas, a falta de autonomia financeira, impulsionada pelo aumento do desemprego, foi o que as deixou mais vulneráveis. 

Com base nos números, a deputada estadual Camila Toscano (PSDB) voltou a defender medidas mais rígidas para combater a violência que tem chegado ao feminicídio em grande parte dos casos de agressões. A parlamentar reforça ainda a importância da geração de políticas públicas voltadas para que as mulheres possam adquirir a independência financeira. Ela lamentou que na Paraíba o Executivo vem sendo omisso e destacou o projeto de sua autoria que estabelece o uso de tornozeleiras eletrônicas por agressores de mulheres, mas a matéria foi vetada. 

“Essa é uma realidade de muitas mulheres. Na medida em que não tem dinheiro, sofrer violência passa a ser uma questão secundária, porque o mais importante é garantir a comida dos filhos. Não tem como sair de casa uma vez que não consegue se sustentar e sustentar os filhos. Infelizmente essa é uma realidade e por isso precisamos trabalhar mais para evitar que o processo de agressão aconteça e que possa chegar a morte dessas mulheres”, disse a deputada. 

Camila lamentou ainda o caso de feminicídio ocorrido no município de Boqueirão. O ex-companheiro teria assassinado Maria Betânia de Sousa, de 41 anos e ainda feriu os seus filhos com golpes de faca na madrugada desta terça-feira (8). A vítima havia se separado do acusado a cerca de quarenta dias, mas ele não aceitava o fim do relacionamento. “É isso que não podemos aceitar mais. Mulheres sendo mortas pelo fato de serem mulheres e de não quererem mais manter os relacionamentos, muitas vezes abusivos, violentos”, destacou Camila. 

De acordo com a pesquisa “Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil”, 17 milhões de mulheres (24,4%) sofreram violência física, psicológica ou sexual no último ano. Houve um aumento do número de agressões dentro de casa, que passaram de 42% para 48,8%. Além disso, diminuíram as agressões na rua, que passaram de 29% para 19%. E cresceu a participação de companheiros, namorados e ex-parceiros nas agressões. A pesquisa ouviu 2.079 mulheres acima de 16 anos entre os dias 10 e 14 de maio deste ano, em 130 municípios do país. As respostas tinham como referência o período dos 12 meses anteriores à pesquisa.

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