FHC, Haddad, Dino, Freixo, Huck e Drauzio Varella assinam manifesto que evoca 'Diretas Já' e pede 'projeto comum de país'

O movimento, batizado de “Estamos Juntos”, diz representar mais de dois terços da população brasileira. 
O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Foto: Vivalio Oñate / Agência Makro / Getty Imagens. 
Um manifesto que defende “uma administração pública reverente à Constituição” foi assinado por diversas lideranças políticas, além de empresários e artistas. O documento cobra que “partidos, seus líderes e candidatos agora deixam de lado projetos individuais de poder em favor de um projeto comum de país”.

Entre os signatários estão o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), governador do Maranhão Flavio Dino (PCdoB), o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL), o ex-procurador-geral da República Claudio Fontele, além de Luciano Huck (empresário e apresentador da TV Globo) e artistas como Antonio Fagundes, Adriana Esteves e o médico Drauzio Varella.

O movimento, batizado de “Estamos Juntos”, diz representar mais de dois terços da população brasileira e lembra em seu manifesto o período das Diretas Já, quando líderes políticos se juntaram para demandar a volta das eleições diretas quando o país ainda estava sob a ditadura militar (1964-1985). Na ocasião, o movimento também contou com a adesão de um amplo campo, que uniu opositores em prol de uma mesma causa.

"Como aconteceu no movimento Diretas Já, é hora de deixar de lado velhas disputas em busca do bem comum. Esquerda, centro e direita unidos para defender a lei, a ordem, a política, a ética, as famílias, o voto, a ciência, a verdade, o respeito e a valorização da diversidade, a liberdade de imprensa, a importância da arte, a preservação do meio ambiente e a responsabilidade na economia", diz o grupo.

Com a crescente tensão entre o presidente Jair Bolsonaro (que não foi citado no documento) e o poder o Supremo Tribunal Federal (STF), o movimento diz apoiar a “independência dos poderes da República” e pede que lideranças como senadores, governadores, prefeitos e deputados assumam a responsabilidade de “unir a pátria e resgatar nossa identidade como nação.

"Somos cidadãs, cidadãos, empresas, organizações e instituições brasileiras e fazemos parte da maioria que defende a vida, a liberdade e a democracia", diz o texto. "Somos a maioria e exigimos que nossos representantes e lideranças políticas exerçam com afinco e dignidade seu papel diante da devastadora crise sanitária, política e econômica que atravessa o país".

O grupo deixa claro que é uma “frente ampla e diversas, suprapartidária”. O grupo defende "uma administração pública reverente à Constituição, audaz no combate à corrupção e à desigualdade, verdadeiramente comprometida com a educação, a segurança e a saúde da população. Defendemos um país mais desenvolvido, mais feliz e mais justo."

Outros políticos que endossam o grupo são: as deputadas federais Tabata Amaral (PDT) e Luiza Erundina (PSOL);; o ex-senador Cristovam Buarque (Cidadania); os ex-deputados federais Manuela D'Ávila (PCdoB) e Jean Willys (PSOL); e o ex-ministro Nelson Jobim, que também ocupou uma cadeira no STF (Supremo Tribunal Federal). Outro ex-membro do Supremo que integra o manifesto é Sepúlveda Pertence. (*) Yahoo
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