O Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool do Estado da Paraíba (Sindalcool) foi representado como membro do Fórum Nacional Sucroenergético.
Plantação de cana-de-açúcar. Foto: Divulgação. |
Entidades
representativas da cadeia sucroenergética de todo o país enviaram nesta semana,
um documento-manifesto ao presidente Jair Bolsonaro em que relatam os impactos
da crise da Covid-19 para o setor, agravados pelos baixos preços internacionais
do petróleo. Somente as ações do governo federal, se implementadas
imediatamente, evitarão o colapso do setor nas próximas semanas.
O
Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool do Estado da Paraíba (Sindalcool)
foi representado como membro do Fórum Nacional Sucroenergético.
O
etanol, um dos produtos mais impactados pela crise, tem sido vendido abaixo de
seu valor de custo e, se isso continuar, usinas serão obrigadas a interromper a
safra que mal começou, com efeitos impensáveis para uma cadeia que envolve
produtores de cana, fornecedores de máquinas e insumos, cooperativas e
colaboradores em mais de 1200 cidades brasileiras.
No
cenário nacional, são 370 usinas e destilarias, 70 mil fornecedores de
cana-de-açúcar, num total de 2,3 milhões de empregos diretos e indiretos que
estão sob ameaça iminente.
O
setor, que representa 2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, reúne
produtores de cana-de-açúcar, trabalhadores do setor químico e da alimentação,
cooperativas e agroindústrias responsáveis pela produção de açúcar, etanol e
bioeletricidade no país.
Na
Paraíba, representa uma cadeia produtiva que reúne usinas e destilarias,
incluídos 1.500 mil produtores rurais, 21.800 empregos diretos e 44.000 postos
de trabalho indiretos, em mais de 26 cidades.
Entre
as medidas emergenciais que, se adotadas em conjunto, permitirão a sobrevivência
do setor estão: a instituição de um programa de warrantagem (uso produto como
garantia em empréstimo; isenção temporária da carga tributária federal aplicada
ao etanol hidratado - PIS/COFINS, e a restituição da competitividade do etanol,
também temporariamente, via incremento da CIDE.
Assinam
a carta, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), o Fórum Nacional
Sucroenergético (FNS), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
(CNA), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Organização
de Associações de Produtores de Cana do Brasil (ORPLANA), o Arranjo
Produtivo Local do Álcool (APLA) e a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias
Químicas e Farmacêuticas do Estado São Paulo (FEQUIMFAR).
Ainda
assinaram o documento, a Federação dos Plantadores de Cana do Brasil
(FEPLANA), a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação
do Estado de São Paulo (FETIASP) e a União Nordestina dos Produtores
de Cana (UNIDA). (*) Ascom Sindalcool
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