Coronavírus: especialista explica porque distanciamento social pode gerar conflitos entre casais e resultar em separações

A psicóloga Danielle Azevedo. Foto: Divulgação / Hapvida JP. 
O isolamento social provocado pela pandemia do coronavírus vem causando uma série de problemas, entre eles, ampliação de conflitos familiares. Na China, por exemplo, o período de quarentena foi responsável pelo aumento de divórcios. Em muitas cidades, inclusive, sequer há horários disponíveis nos cartórios para tratar do assunto. A psicóloga do Hapvida em João Pessoa, Danielle Azevedo, explica que o confinamento pode gerar nos casais uma dificuldade para lidar com as adversidades que o próprio distanciamento social impõe.

 “O fato de um indivíduo estar confinado, próximo ao cônjuge pode gerar a possibilidade de não saber como lidar com as adversidades que envolvem uma relação, e as adversidades são muitas porque envolvem os filhos, dinheiro, a própria rotina da casa com as quais um dos dois não era acostumado a ter”, esclarece.

Mas há quem pense: eu não tenho filhos. Mas psicóloga lembra que em situações como essas pode ocorrer, por exemplo, de o casal já vir vivendo um acúmulo de problemas não resolvidos e o distanciamento social pode funcionar como uma espécie de gatilho. “Então, toda e qualquer discussão pequena se transforme em um motivo maior pelo fato de o casal estar próximo durante todo o dia”, pontua.

Danielle Azevedo evidencia que rotina não é mesmice, mas sim planejar o dia, horário para desenvolver atividades específicas. A psicóloga lembra também que o confinamento limita alguns indivíduos para algumas atividades e quando o casal não tem o hábito de realizar atividade física em casa ou manter relação sexual, isso, consequentemente, faz com que os hormônios do prazer e bem-estar como serotonina, dopamina tenham uma redução na liberação, fazendo com que o indivíduo fique mais irritado e agressivo.

Home Office – No que diz respeito à prática do Home Office, a psicóloga lembra que quando estamos no trabalho somos apenas o profissional, a partir do momento que o trabalho vem para casa, o sujeito passar a ser quem ele é e pronto. “Daí surgem algumas dificuldades para lidar com o trabalho em casa, porque é chamado atenção por um filho, precisa atender alguma demanda de casa, ou seja, existem alguns detalhes que impedem o sujeito de ser quem ele é no trabalho”, conclui acrescentando que isso também desencadeia conflito. (*) Ascom Hapvida

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