O radialista Fabiano Gomes. Foto: Reprodução. |
A pressão e as ameaças apontadas pelo sócio-majoritário do Paraíba de Prêmios teriam começado a partir da recusa do pagamento de anúncio publicitário ao programa jornalístico do radialista. Denylson teria considerado o valor exigido “exagerado”. Em troca do anúncio, Fabiano teria prometido “blindar” o empresário na Justiça e na imprensa quanto as denúncias envolvendo a Operação Calvário.
“Ele prometeu me blindar que ele tinha informações, inclusive do Doutor Fabiano Emilio, ele tinha informações sobre a delação, sobre a… toda a operação que estava acontecendo” (sic), disse em depoimento à Polícia Federal em fevereiro do ano passado.
Na ocasião, Denylson afirmou que Fabiano Gomes “desconheceria limites”, já que chegou a envolver o nome de uma autoridade pública em suas ameaças.
O pedido de prisão preventiva do radialista também é fundamentado em áudios de uma conversa entre o operador da Cruz Vermelha, Daniel Gomes, e o ex-procurador do Estado, Gilberto Carneiro. No diálogo extraído das gravações entregues por Daniel no acordo de delação premiada, Carneiro fala da pressão feita pelo radialista para fazer a campanha do então candidato ao Senado Veneziano Vital do Rêgo.
Ainda segundo Carneiro, Fabiano teria dito que sabia de muita coisa e que as pessoas estariam brincando com ele. O radialista chegou a dizer que seria uma espécie de Roberto Jefferson, fazendo referência ao deputado envolvido no esquema do Mensalão.
A 8ª fase da Operação Calvário foi deflagrada na manhã desta terça-feira (10) pela Polícia Federal na Paraíba e pelo Gaeco, com apoio da Controladoria Geral da União – CGU. A operação culminou na prisão do radialista Fabiano Gomes e no cumprimento de nove mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados, e no Tribunal de Contas do Estado da Paraíba. A última fase da operação aponta o envolvimento da Lotep no esquema criminoso de desvio de recursos. (*) Blog do Suetoni
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