Vacina contra demência funciona em ratos e deve ser testada em humanos até 2022

Especialistas esperam realizar testes clínicos em até 2 anos. Foco da equipe é ajudar na prevenção ao Alzheimer. 
A vacina foi testada em camundongos. Foto: Pexels 
Testes recentemente realizados em ratos de uma vacina que previne a demência foram bem sucedidos, segundo um estudo publicado no Alzheimer’s Research & Therapy. Os testes clínicos do medicamento, cujo foco é prevenir contra o Alzheimer, devem começar em até 2 anos.

A equipe desenvolvedora da vacina visa criar um tratamento que remova aminoácidos conhecidos como placas beta-amiloides (Aβ) do cérebro, e evite a presença de proteínas chamadas tau hiperfosforilada nos neurônios. Isso porque, segundo os pesquisadores, essas substâncias estão diretamente ligadas ao surgimento de quadros de demência.

Para isso, a vacina foi testada em camundongos com patologias relacionadas à presença da Aβ e da tau. "Em conjunto, essas descobertas justificam o desenvolvimento dessa estratégia de vacinação dupla, que é baseada na tecnologia, para que realizemos os testes finais de [prevenção da] doença de Alzheimer humana", afirmaram os principais autores do estudo, Anahit Ghochikyan e Mathew Blurton-Jones, em comunicado.

"Nossa abordagem visa cobrir todas as bases e superar os obstáculos anteriores na busca de uma terapia para diminuir o acúmulo de moléculas de Aβ/tau e atrasar a progressão do Alzheimer em um número crescente de pessoas em todo o mundo", explicou Nikolai Petrovsky, outro membro do estudo.

De acordo com a equipe, diversos outros medicamentos do tipo já foram desenvolvidos e testados, mas nenhum deles combinava a prevenção do acúmulo de Aβ e da tau em apenas uma vacina. Por isso, os especialistas têm esperanças de que o sucesso nos testes com camundongos seja um bom sinal para as pesquisas em humanos, que devem começar em breve. *Galileu

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