PTB e PSDB miram expulsão de Wilson Santiago e João Bosco

Investigações da Polícia Federal apontam que foram distribuídos um total de R$ 1,2 milhão. 
Wilson Santiago e João Bosco Fernandes. Foto: Arquivo Jornal CORREIO. 
As executivas nacionais dos partidos do deputado federal Wilson Santiago (PTB) e do prefeito de Uiraúna, João Bosco Fernandes (PSDB), devem avaliar até o final deste mês a situação dos alvos na Operação Pés de Barro que foram acusados pela Procuradoria Geral da República (PGR) por desvios de recursos para obras de uma adutora no sertão da Paraíba. A suspeita é que houve superfaturamento na obra e pagamento de propina de mais de R$ 1 milhão.

A Executiva Nacional do PTB informou, em nota, que vai se reunir até o fim desse mês para poder avaliar e decidir sobre o suposto envolvimento do deputado federal Wilson Santiago em um esquema criminoso de desvio de recursos públicos e recebimento de propina.

Já o PSDB, por determinação do presidente Bruno Araújo, vai instaurar, no Conselho de Ética, procedimento ético-disciplinar contra o prefeito tucano. O prefeito foi preso em dezembro suspeito de participar de uma organização criminosa dedicada à realização de pagamentos ilícitos e superfaturamentos de obras no Sertão da Paraíba.

O gestor chegou a ser flagrado pela Polícia Federal recebendo dinheiro de propina e guardando dentro das calças. Por conta do afastamento do deputado Wilson Santiago determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a Câmara dos Deputados bloqueou os gastos por meio da Cota Parlamentar do deputado.

De acordo com a Casa, assim que foi notificada da determinação ministro Celso de Mello, que suspendeu o mandato do parlamentar, a “Câmara prontamente cumpriu a decisão e registrou o afastamento, bem como determinou que nenhuma despesa do parlamentar fosse paga mediante utilização de recursos da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar”.

Em defesa 
O advogado de defesa do deputado federal Wilson Santiago, Luis Henrique Machado, rechaçou as acusações que recaem contra o parlamentar paraibano no âmbito da Operação. “Tampouco a Polícia Federal apresentou provas que incriminassem o deputado. A ação controlada, as intercepções telefônicas, telemáticas e ambientais não dizem nada a respeito do deputado, somente ilações e conjecturas”, disse.

De acordo com a Polícia Federal, as investigações apuram irregularidades na construção da “Adutora Capivara”, um sistema de R$ 24,8 milhões no sertão da Paraíba. Segundo as investigações, foram distribuídas propinas de R$ 1,2 milhão.

O inquérito policial federal foi baseado em proposta de colaboração premiada, apresentada pela Polícia Federal e acolhida pelo STF. Também foi determinada a indisponibilidade de imóveis em nome dos investigados. *Texto de André Gomes, do Jornal CORREIO / Portal Correio

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