Metade das mães perde emprego até dois anos após licença e Camila levará tema para discussão na Comissão da Mulher

MERCADO DE TRABALHOConciliar trabalho e maternidade continua sendo um desafio para a maior parte das mulheres, que esbarram com preconceito e incompreensão no ambiente corporativo. Estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) envolvendo 247 mil mulheres com idade entre 25 e 35 anos apontou que metade das mulheres que têm filhos perdem o emprego em até dois anos depois da licença-maternidade. Para a deputada estadual e presidente da Comissão dos Direitos da Mulher na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Camila Toscano (PSDB), o tema carece de um debate com apresentação de sugestões e soluções que possam mudar essa realidade, sobretudo no Estado.

Com base nos dados, a deputada vai levar o tema para ser debatido no âmbito da Comissão dos Direitos da Mulher com especialistas em diversas áreas. “Essa é uma realidade que acompanhamos de perto. Muitas empresas demitem as mulheres logo após elas terem filhos, como se ela não tivesse a capacidade de render o suficiente no trabalho. Isso é uma forma de preconceito ainda muito forte e que precisamos mudar. Por isso, vamos levar o tema para discutir na Comissão”, disse.

A disparidade entre gêneros se agrava à medida que se sobe na hierarquia das empresas. Relatório do grupo de pesquisa norte-americano Corporate Women Directors International mostrou que, na América Latina, apenas 47 das 100 maiores empresas têm pelo menos uma mulher nos conselhos de administração.

Para a deputada, uma saída para essa mulheres seria o empreendedorismo. Dados da rede de mães empreendedoras Maternativas mostram que o número de negócios liderados por empresárias nessas circunstâncias só tem aumentado no Brasil. “Depois da maternidade, muitas tentam voltar, mas o mercado as expulsa e não abre portas e uma saída é justamente empreender, buscar uma alternativa para garantir a renda”, destacou.

Tramita no Senado Federal a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 1/2018, de relatoria da senadora Daniella Ribeiro (Progressistas), que pretende aumentar a licença-maternidade de todas as mulheres para 180 dias (período de que gozam servidoras públicas). A proposta também faz crescer de cinco para 20 os dias da licença-paternidade.

Assessoria
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