Camila vai solicitar audiência conjunta com a Câmara Federal e reunião com ministro para tratar corte no Mais Médicos na PB

Uma sessão especial debateu na tarde desta segunda-feira (6), na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), as consequências do corte de profissionais de medicina do Programa Mais Médicos, do Governo Federal. A propositura foi da deputada Camila Toscano (PSDB). Nove municípios paraibanos podem perder 80 profissionais do Programa, deixando cerca de 274 mil pessoas sem atendimento. Ao final da discussão, a parlamentar se prontificou a solicitar audiência conjunta ou Sessão Especial na Câmara Federal e ainda reunião com o Ministério da Saúde para debater o assunto.

“Independente de partido ou ideologia política precisamos debater esse assunto, que é de interesse de toda população, tendo em vista, que saúde pública é um assunto de relevância para o conjunto da sociedade. Enquanto representante da população paraibana é dever trazer o tema para as dependências do Poder Legislativo e tudo o que aqui foi discutido será encaminhado para bancada federal da Paraíba, em Brasília, para a realização de uma sessão conjunta e ainda para termos uma audiência com o ministro da Saúde, para relatar as consequências dessa decisão”, explicou a parlamentar.

Os contratos que podem ser encerrados são nos municípios de Bayeux (sete), Boqueirão (dois), Caaporã (dois), Cabedelo (12), Caturité (dois), Guarabira (quatro), Mamanguape (um) e Puxinanã (dois). “Temos um problema sério de falta de acesso à saúde e precisamos levar em consideração que os municípios são os entes mais frágeis da Federação e não dispõem de recursos para manter esses médicos, assegurando atendimento”, reforçou.

Participantes – Integrando a mesa também estava o deputado Tovar Correia Lima (PSDB); o médico tutor do Programa Mais Médicos na Paraíba, Felipe Proenço; a secretária adjunta da Secretaria de Saúde de João Pessoa, Ana Giovana Medeiros; representante da Associação Médica da Paraíba, Valdir Delmiro; secretário de saúde do município de Solânea, João Rocha Neto; representante do Conselho Regional de Medicina, Bruno Leandro de Souza; vereador da Câmara Municipal de João Pessoa, Marcos Henrique.

Felipe Proenço destacou que a sessão buscou refletir acerca da situação de médicos brasileiros que estão desenvolvendo atividades e que estão sendo cortados do programa e suas consequências. “Estamos falando de profissionais brasileiros com registro nacional e que estão dispostos a exercer sua função dentro do programa Mais Médicos para garantir o acessos à saúde de famílias mais carentes, que vão as comunidades, que mostram um resultado positivo e que estão sendo cortados por meio de um comunicativo via e-mail gerando uma consequência de desassistência no atendimento as pessoas”.

Em seu espaço de fala, o representante do CRM-PB, Bruno Leandro ressaltou que no momento a luta é pelo contrato com o programa, mas também por vínculo. “Enquanto o programa for política de governo e não de Estado, de saúde, a qualquer momento pode se acabar. É preciso que haja um vínculo, estrutura para que possamos exercer a função na saúde básica. Esse vínculo serve para fortalecer a qualidade da saúde ofertada e também a relação com a população”, afirmou.

O Programa – O programa Mais Médicos foi proposto como conjunto estratégico de ações para melhorar o acesso e a qualidade do SUS por meio de mudanças na formação médica, investimentos em infraestrutura das unidades básicas de saúde e provimento de médicos para atuação nas regiões subservidas, de grande vulnerabilidade social e sanitária, seja em municípios pequenos ou médios, seja na periferia dos grandes centros.  Atualmente participam do programa somente médicos brasileiros, sejam formados no Brasil ou formados no exterior.


Assessoria 
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