02/07/2013 11h07                  - Atualizado em                   02/07/2013 13h42               
Cardozo e Temer foram ao Congresso entregar mensagem da presidente.
Pelo pedido, plebiscito deve abordar pelo menos cinco temas.
	O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o vice-presidente da  República, Michel Temer, entregaram na manhã desta terça-feira (2) no  Senado  mensagem da presidente Dilma Rousseff solicitando a convocação  de um plebiscito para a reforma política.
	De acordo com Cardozo, a mensagem presidencial sugere que o plebiscito  sobre a reforma política aborde ao menos cinco temas: financiamento  público ou privado de campanha; sistema eleitoral (voto proporcional ou  distrital); manutenção ou não da suplência para senador; fim ou não do  voto secreto em deliberações do Congresso; e manutenção ou não de  coligações partidárias proporcionais.
| TEMAS PROPOSTOS | 
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| 1- Financiamento das campanhas, se públicas, se privadas, se mista. 2- Definição do sistema eleitoral, se será o voto proporcional como é hoje, se será o voto distrital, se será o distrital misto, se será o ‘distritão’, se será a proposta em dois turnos. 3- Continuidade ou não da existência da suplência no Senado. 4- Manutenção ou não das coligações partidárias nas eleições 5- Fim do voto secreto ou não no Parlamento Saiba mais | 
	“Estamos propondo os seguintes temas: primeiro, a forma de  financiamento das campanhas – se pública, se privada, se mista; segundo,  a definição do sistema eleitoral – se será o voto proporcional como é  hoje, se será o voto distrital, se será o distrital misto, se será o  ‘distritão’, se será a proposta em dois turnos; terceiro, a continuidade  ou não da existência da suplência no Senado; quarto, a manutenção ou  não das coligações partidárias nas eleições; e, finalmente, o fim do  voto secreto ou não no Parlamento”, anunciou o ministro da Justiça.
	Cardozo disse ainda que a decisão final sobre os temas e a realização  do plebiscito cabe ao Congresso e que a mensagem presidencial traz  apenas “sugestões”.
	“O plebiscito é uma sugestão, esses temas são sugestões. São  apresentados como temas porque tradicionalmente quem elabora os quesitos  a partir de temas é o próprio Tribunal Superior Eleitoral. Então, são  sugestões que fazemos ao Congresso e que, claro, o Congresso é soberano  para decidir”, afirmou.
	Horário na TV
Temer e Cardozo destacaram ainda que haverá horário eleitoral com esclarecimentos sobre os temas que serão analisados pela população na consulta popular.
Temer e Cardozo destacaram ainda que haverá horário eleitoral com esclarecimentos sobre os temas que serão analisados pela população na consulta popular.
	“Eu acho que o plebiscito dá diretrizes, alicerces. O detalhamento  daquilo que vai ser decidido pelo povo é feito pelo Congresso Nacional.  Eu acredito que o povo, ao ser consultado, tem totais condições de dizer  o sistema que ele quer para eleger as pessoas que o representam”, disse  Cardozo.
| Entenda o plebiscito e a reforma política | 
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| O plebiscito é a convocação dos eleitores do país  para aprovar ou rejeitar questões relevantes antes da existência de  legislação. Assim, a população diz se quer ou não a aprovação – se  quiser, o Congresso elabora a lei. Leia mais. A reforma política é um conjunto de propostas debatidas no Congresso Nacional para tentar melhorar o atual sistema eleitoral e político brasileiro. Entre os temas estão sistema eleitoral, financiamento eleitoral e partidário, coligações, alteração das datas de posses, entre outros. Leia mais. | 
	Segundo o vice-presidente Michel Temer, haverá um horário eleitoral,  para que todas as frentes possam comparecer e detalhar. "Se o povo não  sabe, acaba ficando sabendo. Haverá esclarecimento”, afirmou Temer.
	saiba mais	
	Eleições de 2014
Temer disse que caberá ao Congresso Nacional definir a data de realização do plebiscito e se as regras aprovadas valerão para as eleições de 2014, quando serão escolhidos presidente, governadores, senadores e deputados.
Temer disse que caberá ao Congresso Nacional definir a data de realização do plebiscito e se as regras aprovadas valerão para as eleições de 2014, quando serão escolhidos presidente, governadores, senadores e deputados.
	“Vai depender do Congresso Nacional. O Congresso Nacional é que vai  definir a data, o momento e a forma com que se fará o plebiscito”,  disse.
	O vice-presidente defendeu, contudo, que a realização da consulta  popular se dê antes das eleições. “Tem que marcar o plebiscito antes das  eleições de 2014”, disse.
	Nesta segunda (1º), a presidente Dilma Rousseff afirmou que "gostaria" que a reforma política preparada pelo governo já valesse nas próximas eleições.
	Temer disse que conversará com a bancada do PMDB, onde há resistências à  realização do plebiscito antes da eleição. “Eu pretendo [conversar]. Na  verdade, a grande tese que já pegou é a consulta popular. Ninguém hoje  nega a hipótese da consulta popular.”
	Sistema atual
Atualmente, empresas e pessoas físicas podem fazer doações para campanhas políticas. Na discussão sobre a reforma, há sugestões de financiamento exclusivamente público ou de que apenas pessoas físicas possam contribuir para as campanhas.
Atualmente, empresas e pessoas físicas podem fazer doações para campanhas políticas. Na discussão sobre a reforma, há sugestões de financiamento exclusivamente público ou de que apenas pessoas físicas possam contribuir para as campanhas.
	Para a escolha de deputados e vereadores, o atual sistema é  proporcional, ou seja, o número de votos conseguidos por uma coligação  de partidos determina quantas vagas ela terá no Legislativo.
	Há propostas para implantar o sistema distrital, em que o Estado e as  cidades são divididos em áreas menores (distritos), para que cada um  eleja um ou mais representantes conforme a quantidade de votos  individuais. Outra possibilidade é o sistema misto, em que as vagas do  Legislativo são divididas entre candidatos eleitos pelos sistemas  proporcional e distrital.
	Veja abaixo a reprodução da mensagem da presidente Dilma Rousseff enviada ao Congresso.
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