No centro da visão de Guarabira: Mulher não faz cirurgia, mas recebe carta do SUS atestando que foi feita


Intervenção cirúrgica ocular custou cerca de R$ 640 e teria sido realizada na gestão passada; caso será investigado


Centro da Visão de Guarabira | Reprodução
A dona de casa, Maria Camelo da Silva, a “Lindalva”, moradora do bairro do Cordeiro, em Guarabira – se surpreendeu, quando recentemente recebeu em sua casa uma carta do ministério da Saúde, através do SUS – Sistema Único de Saúde, que lhe perguntava se a mesma foi bem atendida durante a realização de sua cirurgia ocular ocorrida em novembro do ano passado. A mulher disse que se inscreveu, mas não ‘fez nada’, continua com seu problema nos olhos. Seria uma cirurgia de Catarata. O fato veio à tona na manhã desta terça-feira, no 'jornal da manhã' da rádio Constelação FM de Guarabira, através do repórter Zé Roberto.

Lindalva disse que procurou, sim, no ano passado, o centro municipal da Visão de Guarabira e se inscreveu na ânsia de tratar de seu problema ocular, quando no último mês de novembro (período autorizado pelo SUS para a realização da cirurgia) ela procurou o local novamente para se submeter aos procedimentos cirúrgicos,  porém, segundo a mesma escutou por quatro vezes da atendente local, Graça Pacheco, que a máquina estava quebrada ou que o médico estaria viajando. “Como o final do ano estava se aproximando, eu desistir”, argumentou.

De acordo com a carta-avaliação do SUS, a mulher teria se submetido a uma Facoemulsificação com Implante de Lente Intraocular Dobrável – linguagem técnica para a realização da cirurgia de Catarata. O recurso para este serviço é repassado pelo governo federal. No ano de 2012, coincidentemente, um  ano de eleições municipais, diversas cirurgias destas foram realizadas em Guarabira.

Achando que outras pessoas na cidade deveras ter passado pelo mesmo caso, a dona de casa disse que não respondeu os questionamentos da carta porque não chegou a realizar tal cirurgia, mas que entrou em contato com o SUS, através do telefone 136, o qual é um canal de contato direto com o povo, do tocante órgão federal para se tirar dúvidas. Lindalva ainda disse que passou mais de duas horas, no telefone, respondendo questionamentos de parte do SUS em Brasília, e lhe assegurou que irão tomar as devidas providências, e recomendaram que a mesma se mobilizasse em Guarabira, também.

“Isso foi um roubo do dinheiro público, eu acho que é uma falcatrua que não pode existir”, disse indignada, dona Lindalva, adiantando que vai procurar um advogado e levar o caso à Justiça.

Da redação/Ivanildo Santos
Com info. do repórter Zé Roberto
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