MPF pede cassação de prefeita e vice de Areia, PB, por irregularidades nas Eleições 2024


O Ministério Público Federal (MPF) apresentou, nesta quarta-feira (12), uma manifestação no processo que apura supostas irregularidades cometidas pela prefeita de Areia, Sílvia César Farias da Cunha Lima, durante as Eleições 2024. Conforme apuração do g1 PB, o órgão pede a cassação dos diplomas da prefeita e do vice-prefeito, Luiz Francisco dos Santos Neto, além da inelegibilidade por oito anos dos envolvidos.


Segundo o MPF, há provas de captação ilícita de votos, abuso de poder político e econômico e uso indevido da máquina pública. Entre os elementos citados estão o aumento anormal de gastos com combustível, a ampliação do número de servidores contratados em ano eleitoral e o uso de alimentos da merenda escolar na distribuição de cestas básicas.


O órgão também destaca a prisão em flagrante de três servidores municipais, no dia 4 de outubro de 2024, transportando cestas básicas em veículos oficiais e manipulando alimentos em um prédio público. Para o MPF, a proximidade da eleição e o uso da estrutura da prefeitura agravam a conduta e comprometem a igualdade entre os candidatos.


A denúncia ganhou força após o depoimento de um morador que afirmou ter recebido uma cesta básica entregue por pessoas em um carro da prefeitura e relatou que a prefeita esteve em sua casa pedindo voto no mesmo dia. Para o MPF, há indícios de falsificação em um recibo apresentado pela defesa.


A prefeita Sílvia Cunha Lima, no entanto, afirma estar tranquila e nega qualquer ilegalidade. A defesa alega que a acusação é “eleitoreira” e garante que há documentos nos autos capazes de comprovar a inocência da gestora. O g1 não conseguiu contato com a defesa do vice-prefeito.


O caso segue em análise pela Justiça Eleitoral.


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