Manifestação cobra perdão aos presos do 8 de janeiro; presença de Bolsonaro e aliados marcam o evento.
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Foto: Eduardo Knapp/Folhapress. |
A concentração ocorreu na altura da rua Peixoto Gomide, próximo ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), onde dois trios elétricos foram posicionados para liderar os discursos e apresentações ao longo da tarde. O evento é organizado e financiado pelo pastor evangélico Silas Malafaia, aliado histórico do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que deve comparecer ao protesto ao lado de governadores e parlamentares da base bolsonarista.
Um dos símbolos mais curiosos da manifestação é o batom inflável, empunhado por vários manifestantes. O item faz referência a Débora Rodrigues dos Santos, cabeleireira de 39 anos presa por pichar com um batom a estátua “A Justiça”, localizada em frente ao STF, durante os atos do 8 de janeiro. Ela escreveu a frase “perdeu, mané”, em alusão à fala dita por Luís Roberto Barroso, hoje presidente da Corte, em resposta a um manifestante bolsonarista em Nova York, em 2022.
Discursos
Com a confirmação da presença de Jair Bolsonaro, o ato deve ganhar ainda mais visibilidade política e midiática. O ex-presidente já participou de outro protesto semelhante em fevereiro, no Rio de Janeiro, onde também pediu anistia e defendeu seus apoiadores presos.
A pauta da anistia, no entanto, encontra forte resistência institucional e jurídica. O Supremo Tribunal Federal tem adotado uma linha dura contra os envolvidos nos atos golpistas, com penas que ultrapassam 15 anos em alguns casos. No Congresso, projetos que propõem o perdão têm pouca chance de avançar, mas servem como sinalização à base bolsonarista. (*) @correiobrasiliense
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