Famup critica uso político da pauta da Enfermagem e mostra dados sobre falta de recursos nos municípios para cumprir piso

O presidente da Famup, George Coelho. Foto: Ascom / Divulgação. 
O presidente da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), George Coelho, reafirmou nesta quarta-feira (15),  que não há condições dos municípios pagarem o piso da Enfermagem sem apoio do Governo Federal. A Associação fez um levantamento juntos às cidades paraibanas e constatou a dificuldade que as prefeituras enfrentam para o pagamento do novo valor à categoria. 

George Coelho lamentou ainda a movimentação política em volta do tema e pede que o assunto seja tratado de maneira responsável e atenta também à realidade das pequenas cidades. Ele pontuou que nenhum prefeito ou prefeita é contra o piso, só busca condições para conseguir efetuar o pagamento. 

O presidente ressaltou ainda que é necessário que o Governo Federal ajude no custeio, tornando assim possível o cumprimento do valor previsto na Proposta de Emenda à Constituição (PEC). 

“Os municípios não têm condição de pagar esse valor. Esse é um fato, não é falácia, e é baseado em pesquisa, levantamento e dados. É triste ver que parlamentares têm utilizado essa pauta de maneira política sem considerar também a realidade das cidades. Reconhecemos a importância dos enfermeiros, e por isso mesmo, queremos que as coisas sejam feitas da maneira correta, com o apoio do Governo Federal”, afirmou.

George lembra que o Governo Federal já custeia o pagamento de outras categorias da saúde, como os agentes comunitários em saúde e de combate a endemias. Com uma arrecadação muito maior do que cidades, o repasse da União tornaria possível o pagamento do piso. Sem esse auxílio há risco de suspensão das atividades, o que pode desencadear uma crise na saúde pública, com uma onda de desempregos e falta de assistência na rede de saúde pública. 

Confira os dados levantados pela Federação:

João Pessoa - R$ 9 milhões por mês

Campina Grande - R$ 4,2 milhões por mês

Sousa - impacto de R$ 3,4 milhões por ano

Patos - impacto de R$ 1 milhão por mês

Cabedelo - impacto de R$ 999.582 por mês

Guarabira - R$ 900 mil por mês

Sapé - R$ 270 mil por mês

(*) Ascom

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