Simone Tebet diz que aplausos a Moraes no TSE foram o maior recado a Bolsonaro

Foto: Reuters / Reprodução. 
A candidata à Presidência da República Simone Tebet (MDB) afirmou que as palmas prolongadas ao ministro Alexandre de Moraes, em sua posse na presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), foram o "maior recado" a Jair Bolsonaro de que retrocessos democráticos não serão aceitos. 

"Foi um recado claro ao presidente da República [a presença de diversas autoridades, como ex-presidentes]. O maior recado que demos foi com os aplausos. Se o ministro Alexandre de Moraes não começasse a falar, nós não iríamos parar de aplaudir", afirmou a senadora.

Tebet disse ainda que o evento foi um momento histórico por reunir muitas figuras políticas, em especial ex-presidentes. Participaram Dilma Rousseff, Michel Temer, Luiz Inácio Lula da Silva e José Sarney.

Essa conjunção, afirmou ela, também serviu para indicar ao presidente que todos apoiam o sistema eleitoral e que não serão aceitas contestações. "Respeitamos e confiamos no processo eleitoral e nas urnas eletrônicas e estaremos prontos para defender o resultado das urnas, seja ele qual for", completou.

A candidata do MDB abriu o segundo dia de campanha com visita a uma creche particular na Chácara Santa Luzia, na Cidade Estrutural, comunidade extremamente carente no Distrito Federal. O local sobrevive por meio de recursos de doações e atende mães solteiras que trabalham em um lixão na região.

No primeiro dia da campanha, na terça-feira (16), a senadora se reuniu com representantes do setor cultural no bairro Alto de Pinheiros, área nobre da capital paulista.

Na visita à comunidade do DF, a emedebista estava acompanhada do ex-vice-governador Tadeu Filippelli, candidato a uma vaga na Câmara Distrital. Uma das ausências sentidas foi a do atual governador Ibaneis Rocha (MDB), correligionário de Tebet -ele vai apoiar Jair Bolsonaro na corrida presidencial.

A candidata focou as falas em questões sociais. Prometeu zerar a fila de vagas em pré-escola e voltou a citar um aumento nos tetos de renda em que pessoas são consideradas miseráveis, ampliando assim a população atendida por programas de transferência de renda. A emedebista chegou a mencionar R$ 200 -dobrando o valor atual-, mas depois disse que isso seria feito com responsabilidade.

Disse também que vai manter o valor de R$ 600 do Auxílio Brasil e afirmou novamente que há recursos no governo. Tebet também voltou a falar que seu programa social terá um valor mínimo para a fatia miserável e depois será dividido em faixas, sem dar detalhes. "O piso é R$ 600, mas temos níveis de pobreza e de miséria. Vamos ter como piso R$ 600 para miseráveis e valores diferenciados a depender do tamanho da família. Dinheiro tem, só está sendo desviado por corrupção ou pelo orçamento secreto", afirmou.

A candidata também afirmou que vai apresentar um projeto para que, onde não houver espaço público, serão contratadas vagas em creches privadas.

A emedebista foi cobrada por moradores sobre problemas de saneamento. "A gente quer que quando o filho da gente vai estudar lá em Taguatinga e no Guará, quem mora lá não venha falar assim: 'pezinho de tody'. Quantas vezes os filhos da gente foram humilhados porque pisa no esgoto e chega lá o filhinho de papai vê e ri", disse Poliana Feitosa Teixeira, atualmente desempregada.

A parlamentar lembrou que o novo marco do saneamento, aprovado no Congresso, vai possibilitar a universalização do saneamento básico no Brasil. Tebet afirmou que vai antecipar o prazo previsto para isso, mas não especificou qual seria. Atualmente, segundo o cronograma previsto, todas as cidades devem ter 90% dos esgotos tratados até 2033.

Ela se recusou a responder perguntas referentes a outros candidatos. Afirmou que o momento é de "falar menos de Lula e de Bolsonaro e mais de Brasil real". Questionada sobre as pesquisas, nas quais permanece com 2% das intenções de voto, disse que a campanha começou agora e que "jogo é jogo, treino é treino". "Estávamos na fase do treino, agora é hora de nós andarmos as ruas, falarmos com as pessoas, percorrermos o Brasil", completou. (*) Folhapress, via IG

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