PF e associação negam que corpos de Bruno e Dom tenham sido achados

Foto: AP Photo / Edmar Barros. 
A Polícia Federal e a Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari) negaram nesta segunda-feira (13) que os corpos do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips tenham sido encontrados.

Mais cedo, o jornalista André Trigueiro, da GloboNews, disse que os corpos teriam sido localizados, de acordo com informações de Alessandra Sampaio, esposa do jornalista. Segundo Paul Sherwood, cunhado de Dom, o embaixador do Reino Unido no Brasil ligou para a família para informar sobre a localização de dois corpos, mas negou que tinham sido identificados.

“Ele não descreveu a localização e disse que foi na floresta e que eles estavam amarrados a uma árvore, e ainda não tinham sido identificados. Ele falou que, quando houvesse luz, ou quando fosse possível, eles fariam a identificação”, contou Paul Sherwood, ao jornal britânico The Guardian.

A esposa de Bruno Pereira, Beatriz Matos, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, cobrou esclarecimentos sobre o paradeiro de indigenista. "A Polícia Federal tem o compromisso de passar as informações para a família primeiro e para a superintendência de Manaus, eles confirmaram para gente que nenhum corpo foi encontrado, conforme nota oficial. É necessário que se apure de onde o embaixador tirou essa informação", disse ela.

A Univaja também negou a informação de que os corpos foram achados. "Não confirmamos a informação de terem encontrado corpos", disse Eliésio Marubo, assessor jurídico da associação, informou o portal g1.

No Twitter, o indígena Beto Marubo, membro da Univaja escreveu: “Aqui em Atalaia do Norte tem muitos jornalistas do mundo inteiro, muitos dos quais estão acessando os locais de busca por meios de embarcações alugadas. Não temos como impedir isso, mas deixaram passar essa informação inverídica. Pensem nas famílias dos nossos amigos.”

Em outra publicação, declarou: “Pessoal, nossa internet continua ruim: por favor chequem as informações antes para não acontecer o que foi divulgado hoje. Não procede a informação de encontraram corpos dos desaparecidos.”

Entenda o caso

Phillips e Pereira estavam desaparecidos desde o dia 5, quando foram vistos pela última vez navegando pela Terra Indígena Vale Javari.

No local, eles conversaram com a esposa de um líder comunitário apelidado de Churrasco. Em seguida, partiram rumo a Atalaia do Norte, viagem que costuma levar duas horas, mas não chegaram ao destino.

Eles viajavam com uma embarcação nova, de 40 cavalos e 70 litros de gasolina, o suficiente para a viagem.

A área onde eles desapareceram é alvo constante de conflitos relacionados a tráfico de drogas, roubo de madeira e garimpo ilegal.

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) deu início às buscas no domingo (5), quando os dois não chegaram ao destino final em Atalaia do Norte. No dia seguinte (6), a organização comunicou as autoridades sobre o sumiço.

Ainda segundo a Univaja, tanto Phillips quanto Pereira eram alvos constantes de ameaças de madeireiros, garimpeiros e pescadores.

Suspeito foi preso

Suspeito de envolvimento no desaparecimento do jornalista e do indigenista, Amarildo da Costa de Oliveira, apelidado de “Pelado”, foi preso na última terça-feira (7).

A polícia explicou que o rapaz foi detido em flagrante por posse de munição de uso restrito e permitido. Com ele, foram apreendidos chumbinhos.

A PM realizou busca na residência do suspeito após receber denúncia anônima de uma suposta participação do rapaz de 41 anos no crime. A defesa nega que ele tenha envolvimento no caso. (*) Yahoo


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