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Foto: AFP/Eduardo MATYSIAK. |
"Abro mão, nesse momento, da pré-candidatura presidencial e serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor", escreveu o ex-ministro da Justiça do presidente Bolsonaro em comunicado publicado no Instagram.
Terceiro nas pesquisas de intenção de voto com 8%, o ex-juiz afirmou que mudará de partido, do Podemos, que representava desde novembro, para o União Brasil.
O objetivo da mudança é "facilitar as negociações das forças políticas de centro democrático em busca de uma candidatura presidencial única", garantiu.
Moro, de 49 anos, é um ferrenho inimigo de Lula, favorito nas pesquisas e a quem o ex-juiz condenou à prisão por corrupção em 2017.
Ele também tem péssimas relações com Bolsonaro. Quando era Ministro da Justiça e Segurança Pública, Moro acusou o presidente de interferir em investigações policiais contra seus parentes.
"O Brasil precisa de uma alternativa que livre o país dos extremos, da instabilidade e da radicalização", afirmou Moro, que, segundo a imprensa, buscará eleger-se deputado ou senador.
As pesquisas não dão chance para uma candidatura da "terceira via", que evitaria um duelo entre Lula e Bolsonaro no segundo turno. Nenhum dos possíveis candidatos supera os 10% das intenções de voto.
Para o cientista político André Pereira César, da consultora Hold, a saída de Moro deve beneficiar o presidente.
"Quem ganha é Bolsonaro, porque o eleitor que votaria" em um candidato da terceira via "tem muito mais afinidade" com o presidente, explicou.
"Esse eleitor jamais votará no Lula, por questões politico-ideológicas", completou o especialista, que acredita que a chance de um confronto entre Lula e Bolsonaro no segundo turno é de 95%.
De acordo com a última pesquisa Datafolha, Lula mantém-se na liderança com 43% das intenções de voto, à frente de Bolsonaro (26%).
O presidente, contudo, reduziu a diferença de 26 para 17 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, realizada em dezembro. (*) AFP, via Yahoo
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