Camila afirma que violência contra mulher é problema de toda sociedade: “devemos nos meter para salvar vidas”

Foto: Divulgação / Ascom. 
A deputada estadual Camila Toscano (PSDB) lamentou a violência praticada pelo paraibano DJ Ivis contra a sua ex-mulher Pamella Holanda. O caso ganhou repercussão nacional após a divulgação do vídeo aonde a mulher é agredida na frente da filha. “Esse caso reflete a dura realidade das mulheres que são agredidas dentro dos seus lares. O agressor ainda tenta se defender jogando a culpa para mulher, que sempre é taxada de louca. Devemos nos meter sim em casos como esse para salvar vidas”, disse. 

Camila, que tem como bandeira de luta o combate à violência contra mulher, defende a mudança na forma de criar e educar homens e mulheres, combatendo o machismo e ensinando o respeito. Ela é a favor de leis mais rígidas para que mulheres não sejam mortas. Apresentou um projeto para que agressores usem tornozeleira eletrônica, como forma de alertar quando eles se aproximam das mulheres que encontram-se sob medida protetora. A matéria foi vetada pela Executivo e o Legislativo manteve o veto. 

É de autoria da parlamentar a Lei 11.594/19 que institui na Paraíba a Política de Sistema Integrado de Informações de Violência contra a Mulher – Observa Mulher Paraíba. A legislação, que não foi colocada em prática, tem por finalidade ordenar e analisar dados sobre atos de violência praticados contra a mulher no estado, bem como promover a integração entre os órgãos que atendam a mulher vítima de violência. 

“Não podemos admitir que as mulheres continuem sendo agredidas. Temos que dar um basta nessa cultura machista que acaba em feminicídio. É lamentável vermos cenas como a que envolveram o DJ Ivis que agrediu a ex-mulher na frente da filha e de outras duas pessoas.”, destacou Camila. 

O Brasil registrou 105.821 denúncias de violência contra a mulher no ano passado através do Ligue 180 e pelo Disque 100. Uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos afirma ter sofrido algum tipo de violência no último ano no Brasil, durante a pandemia de Covid, segundo pesquisa do Instituto Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Diminuíram as agressões na rua contra mulheres, que passaram de 29% para 19%. E cresceu a participação de companheiros, namorados e ex-parceiros nas agressões.

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