Usina paraibana recebe certificação internacional e vai passar a exportar etanol para os Estados Unidos

Foto: Divulgação / Ascom. 
A Usina GIASA em Pedras de Fogo-PB, recebeu nesta sexta-feira (7), a certificação LCFS-CARB (Low Carbon Fuel Standard do California Air Resources Board), que significa Padrão de Combustível de Baixo Carbono, e com isso se tornou a primeira empresa brasileira a obter esse reconhecimento da sustentabilidade da produção de etanol, e serve de passaporte para exportação ao Estado da Califórnia.

Por meio da certificação LCFS, o programa visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa e poluentes nocivos a saúde humana.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool na Paraíba (Sindalcool), Edmundo Barbosa, a Califórnia tem uma legislação mais rigorosa e dá preferência ao etanol de cana que recebe um prêmio e é uma exigência para a redução das emissões. “A GIASA enfrentou um longo processo de apresentação de evidências. Agora, os procedimentos operacionais utilizados pela empresa serão referência para as outras empresas no Brasil”, adiantou.

De acordo ainda com Barbosa, a Califórnia é um dos estados americanos com a maior quantidade de veículos por habitante. “Lá, o etanol de cana é obrigatório para reduzir as emissões”, lembrou.

A missão do CARB, um conselho de governança, tem como objetivo promover e proteger a saúde pública, o bem-estar e os recursos ecológicos por meio da redução efetiva e eficiente dos poluentes do ar, reconhecendo e considerando os efeitos na economia do estado.

O controle da poluição do ar com investimentos na redução do particulado, continua sendo um grande desafio para as grandes cidades. A professora do Departamento de Tecnologia Sucroalcooleira da UFPB, lembrou que em 1989, o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), criou o Programa Nacional de Controle de Qualidade do Ar (Pronar), por meio da Resolução CONAMA 05/1989, e em 1990, foram estabelecidos os valores para os padrões de qualidade do ar através da Resolução CONAMA 03/1990, que deveriam ser seguidos por todos os Estados da Federação.

Ela disse também que no ano de 2018, para atender as diretrizes da OMS foi instituída uma nova resolução, a Resolução CONAMA 491/2018, alterando alguns limites dos padrões de qualidade do ar e adicionando o material particulado MP2,5 como padrão de controle obrigatório. “Pela nova resolução, é dever dos estados e municípios, o monitoramento e planos de gestão para a qualidade do ar, além da elaboração anual dos resultados do monitoramento para a população”, lembrou.

Márcia Pontieri aplaudiu a certificação da GIASA na Califórnia e estados americanos que seguem os mesmos padrões. Ela informou que o monitoramento da qualidade do ar no Brasil ainda é escasso, onde poucos Estados realizam esse monitoramento. “As regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste são as que apresentam menor quantidade de registros. No Estado da Paraíba, não existem registros de monitoramento da qualidade do ar”, disse a professora Márcia Pontieri.

A GIASA faz parte do Grupo Olho D'Água que possui mais duas empresas sucroalcooleiras: a Usina Central Olho D'Água e a COMVAP. Adquirida em 2019 pelo grupo, a GIASA moeu na última safra, mais de 1.172.000 toneladas de cana.

Atualmente o Grupo Olho D’Água tem uma moagem consolidada de mais de 4.100.000 toneladas de cana-de-açúcar e emprega na safra e entressafra, 11.700 funcionários. (*) Ascom


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