Preliminar de 2022: Ricardo volta a se dizer traído e ataca João, Cássio, senadores e deputados

Foto: Divulgação. 
O ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) concedeu uma entrevista ao radialista Chico Soares, da região de Mamanguape, que transmite seu programa em rádios comunitárias e pela web, conseguindo boa audiência e repercussão. 

Pontos a se frisar na entrevista: 

Ricardo não tem a menor complacência com o governador João Azevedo e o atacou sem piedade, a entrevista inteira. 

O chamou de traidor ene vezes, disse que não se elegia para síndico, o considerou despreparado e repetiu, sem parar que o atual governador não fez nada pela Paraíba. 

Neste ponto, Ricardo aproveitou para exaltar seus feitos e, como sempre, considerando-se o maior feitor da Paraíba de todos os tempos. 

Em parte da entrevista, o ex-governador Ricardo Coutinho acusou o ex-aliado de ter entregue documentos ao Ministério Público (Gaeco) com acusações falsas contra ele. Disse, sem explicar do que se tratava, que seus ex-aliados, hoje no governo, não contavam que um determinado “ofício” caísse em suas mãos. Insinuou que haveria um entendimento entre o atual governador e o Gaeco para prejudicá-lo na Operação Calvário.

Noutro trecho da entrevista, Ricardo Coutinho demonstrou que não esqueceu o ex-governador Cássio Cunha Lima. Comparou o governo de João Azevedo com o de Cássio e disse que a Paraíba teria voltado ao tempo do atraso.

Acusou o governador de dividir o Estado em capitanias hereditárias e repartir com os deputados estaduais, praticando a velha política.  

Falando sobre a pandemia, Ricardo fez uma associação do governador João Azevedo com o presidente Jair Bolsonaro, insinuando que teria adotado medidas temendo o governo federal, e acusou os senadores de não defenderem a Paraíba.

E, ignorando que se encontra inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral, Ricardo falou em várias oportunidades que se fosse disputar mandatos nas próximas eleições.  

Nada de novo, mas, em suma, a entrevista do ex-governador Ricardo Coutinho revela que ele não planeja sair de cena mesmo diante de possíveis condenações judiciais; que pretende, de um jeito ou de outro, participar da próxima campanha eleitoral; que, embora não guardem semelhanças, as decisões que favoreceram Lula vão ser usadas por ele como manto e espelho, e que o governador João Azevedo está eleito como seu inimigo número 1.

Ricardo também parece ter esquecido que foi candidato a prefeito de João Pessoa e ficou em sexto lugar na disputa. 

(*) Créditos: Blog do Josival Pereira


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