O presidente da executiva estadual do PSB na Paraíba, deputado federal Gervásio Maia confirmou durante entrevista concedida a imprensa nesta quinta-feira (28), o seu rompimento político com o ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), que foi preso pela Operação Calvário, em dezembro de 2019, acusado de envolvimento com licitações fraudulentas, propina, entre outras irregularidades ocorridas na gestão dele.Foto: Divulgação / PBAgora.
Conforme o deputado, há tempo ele não é consultado sobre nada do partido e o distanciamento é constatado diante da realidade vivida dentro do PSB.
“Nós não construímos 2020 e em virtude dessa realidade houve um afastamento. A última vez que eu conversei com o ex-governador foi no dia anterior a convenção de João Pessoa”, disse.
Maia destacou que não participou das decisões que foram tomadas em relação ao pleito da Capital e que só ficou sabendo da candidatura de Ricardo Coutinho a prefeito de João Pessoa pelas redes sociais.
“Quando ele me enviou uma mensagem no final da tarde, eu já estava sabendo porque a decisão dele já era pública. Tentei conversar com ele para mostrar minhas impressões em relação a qualquer encaminhamento do partido, mas não fui recebido por ele”, informou
Contudo, o deputado continua no comando do PSB, mas ainda não tem uma certeza sobre a participação do partido no processo eleitoral de 2022 com candidatura própria, tendo ele como possível candidato na disputa pelo Governo do Estado.
“Eu acho que a construção desse processo tem que acontecer sob dois critérios: da coerência e da decisão colegiada. Eu preciso conversar com os que integram o partido, com os que estão na base dos municípios para a partir daí, fazer uma avaliação e estudar aquilo que puder fortalecer o projeto, mas acho muito cedo para falar sobre isso”, observou..
Sobre a possibilidade de apoiar a reeleição do governador João Azevedo, já que parte da bancada dos deputados do PSB está na base governista, Gervásio Maia disse que era muito complicado e difícil traçar qualquer prognóstico de composições futuras.
“Se eu fizer isso, eu estarei me precipitando e como presidente de um partido, quando se tem uma base de muitos aliados, você não pode fazer isso. Isso é um erro muito grande. Eu não posso cometer esse erro, mas nosso foco será construir um caminho de coerência”, atestou. (*) Paraibaonline
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