O local de trabalho ainda se apresenta como um ambiente hostil para uma boa parte das mulheres do Brasil. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Patrícia Galvão mostra que 76% das mulheres reconhecem já ter passado por um ou mais episódios de violência e assédio no trabalho. Presidente da Comissão dos Direitos da Mulher na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), a deputada estadual Camila Toscano (PSDB) lamentou os dados e reforçou a necessidade de que toda a sociedade se engaje no enfrentamento a qualquer tipo de violência contra a mulher. Foto: Divulgação / Assessoria.
“O poder público deve fazer sua parte, mas a sociedade, como um todo, precisa se unir à causa; denunciando situações de assédio contra mulher às autoridades competentes, respeitando as mulheres, educando os filhos. É preciso uma rede de apoio que reconheça essa realidade cruel que ocorre dentro de muitas organizações e que não se cale diante disso”, pontuou, lembrando que o apoio também passa pelo fato de não julgar e expor a mulher que denuncia um assédio, fato que vem se tornado cada vez cada mais comum.
Ainda conforme o estudo, 40% das entrevistadas afirmaram que já foram xingadas no ambiente de trabalho ou receberam gritos e 39% recebeu de homens convites para sair ou insinuações. As trabalhadoras também relataram ter sofrido discriminação em razão da aparência, críticas constantes e elogios constrangedores.
Para Camila, as empresas privadas também devem se posicionar e adotar medidas internas para inibir situações de assédio, desde o diálogo com os colaboradores até ações de punições contra os agressores. “Além de ganhar menos, de não ter o trabalho devidamente reconhecido em muitas vezes e enfrentar mais dificuldades pare crescer profissionalmente, a mulher ainda precisa se proteger no lugar que deveria ser um cenário de seu desenvolvimento. Isso é triste, revoltante”, pontuou.
Defesa da mulher – Recentemente, a Assembleia aprovou o projeto de Lei 1.945/20, de autoria da deputada que institui o serviço permanente de denúncia de violência contra a mulher via aplicativo WhatsApp. É de Camila também a lei que assegura proteção social e enfrentamento à violência contra mulher durante isolamento social.
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