Camila pede apoio da Unale para mulheres eleitas no pleito deste ano que estão sendo vítimas de violência

“Já é tão difícil para as mulheres chegarem à política e quando isso ocorre, começam as ameaças e intimidações...", disparou a parlamentar. 

Foto: Divulgação / Assessoria. 
A deputada estadual paraibana e vice-presidente de Assuntos Legislativos da Secretaria da Mulher da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), Camila Toscano (PSDB), repudiou os ataques e ameaças sofridas por mulheres eleitas democraticamente no pleito desse ano em diversas cidades brasileiras. Como integrante da União Nacional, a parlamentar pediu apoio para estas mulheres e para que situações como essas não ocorram, principalmente com mulheres que ingressam na política. 

“Já é tão difícil para as mulheres chegarem à política e quando isso ocorre, começam as ameaças e intimidações seja pelo simples fato de ser mulher, ou uma mulher preta, ou uma mulher trans. Isso não pode acontecer em um país democrático como o Brasil. Por isso, solicitei que a Unale se pronuncie e passe a apoiar essas mulheres que ingressam na política com um único objetivo, mudar para melhor a vida da população”, destacou a deputada. 

Entre as mulheres eleitas e que recebem ameaça de morte está a primeira vereadora negra eleita em Curitiba, Carol Dartora (PT). Ela chegou a compartilhar nas redes sociais um e-mail com uma ameaça de morte que recebeu. O autor da mensagem diz no texto saber onde a vereadora eleita mora e afirma que vai comprar uma arma e que "nada no mundo vai impedir" de matá-la. 

Menos de três dias após o resultado das urnas, a vereadora eleita Ana Lucia Martins, do PT, precisou trocar as ruas pela delegacia. A primeira vereadora negra da maior cidade do Estado foi alvo de ameaças de morte em comentários nas redes sociais. Um perfil anônimo disparou diversos comentários racistas no Twitter e em um dos comentários faz menção ao assassinato da vereadora para que um suplente branco possa substituí-la na Câmara de Vereadores. 

Já em Belo Horizonte, a vereadora eleita mais votada, Duda Salabert (PDT-MG), relatou em suas redes sociais que está sendo ameaçada de morte. A professora transgênero compartilhou e-mails com ofensas transfóbicas, um suposto plano de chacina e ameaças de morte contra ela e seus alunos. A investigação está a cargo da Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Racismo, Xenofobia, LGBTfobia e Intolerâncias Correlatas (Decrin). 

Em Niterói, no Rio de Janeiro, a situação não é diferente. Após ser eleita a primeira mulher trans na Câmara de Vereadores, Benny Briolly (PSOL) voltou a receber ameaças de morte. O caso será novamente registrado na delegacia, afirmou a parlamentar que vai assumir o mandato ano que vem na Casa Legislativa.

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