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O presidente Jair Bolsonaro e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro. Foto: Carollina Antunes / PR. |
Na terceira e na quarta colocações, estão nomes da esquerda. Derrotado no segundo turno em 2018, Fernando Haddad, do PT, tem 13%. Já Ciro Gomes, do PDT, registra 12%. A acirrada rivalidade entre eles não é apenas numérica. Ciro tenta tomar de Lula, o padrinho de Haddad, o papel de líder entre os esquerdistas. Uma de suas estratégias é dialogar com diferentes setores da sociedade, o que inclui antigo rivais, enquanto o ex-presidente insiste em falar apenas aos convertidos.
Em quinto e sexto lugares, muito distantes dos dois primeiros pelotões, estão o apresentador Luciano Huck (5%) e Guilherme Boulos (3%), do Psol. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), registra apenas 2%. Faltando mais de dois anos para a votação, outro dado chama a atenção: 23% dos entrevistados dizem não ter candidato.
A Quaest terminou o levantamento um dia antes de o policial aposentado Fabrício Queiroz, suspeito de coordenar um esquema de rachadinha que teria beneficiado o senador Flávio Bolsonaro, ser preso. Não mediu, portanto, o impacto dessa notícia. Já os efeitos da pandemia de Covid-19, que já matou mais de 50 000 pessoas no Brasil, foi devidamente registrado. Os dados não são nada bons para Bolsonaro, que desdenhou da doença. De acordo com a pesquisa, a desaprovação ao trabalho do presidente no combate ao novo coronavírus subiu de 47%, em abril, para 59%, em junho.
Na média, a desaprovação aos governadores também aumentou, de 16% para 24%. A média só caiu no caso dos governadores da região Sul. No Sudeste, onde despacham dois chefes do Executivo que já anunciaram o desejo de disputar a Presidência (Doria e Wilson Witzel, do Rio), a desaprovação média passou de 19% para 30%. Mesmo assim, Rio e São Paulo estão abrandando o isolamento social. “O crescimento da avaliação negativa de Bolsonaro se deu, inclusive, no seu núcleo de eleitores.
Entre os que votaram em Bolsonaro em 2018, cresceu de 19% para 31% os brasileiros que rejeitam a forma como o presidente conduz a crise”, diz a Quaest. E acrescenta: “O auxílio emergencial diminui, mas não estanca a crise de imagem do presidente. Entre os brasileiros que associam o benefício ao presidente, 37% avaliam mal a forma como Bolsonaro enfrenta a pandemia de coronavírus e 35% avaliam bem.” Segundo a pesquisa, o Congresso (50%), e não o presidente (37%), é o principal responsável pelo auxilio emergencial. (*) Veja
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