Willian Bonner. Foto: Reprodução / TV Globo. |
“Você já nem deve lembrar, mas na quinta passada eram 5.901 mortos. Os números vão aumentando desse jeito, cada vez mais rápido, vão dando saltos. E vai todo mundo se acostumando, porque são números. Um número muito grande de mortes de repente, num desastre, sempre assusta. As pessoas levam um baque", disse o jornalista.
Na fala, Bonner relembra outras tragédias, como a de Brumadinho, em janeiro de 2019, e os ataques terroristas ao World Trade Center, em 11 de setembro de 2001. "Mas, quando as mortes vão se acumulando, ao longo de dias e semanas, como acontece agora na pandemia, esse baque se dilui e as pessoas vão perdendo a noção do que seja isso”, afirmou ele.
"Oito mil vidas acabaram. Eram vidas de pessoas, amadas por outras pessoas. Pais, irmãos, filhos, amigos, conhecidos. Aí o luto dessas tantas famílias vai ficando só pra elas, porque as outras pessoas já não têm nem como refletir sobre a gravidade dessas mortes todas, que vão se acumulando todo dia”, ressaltou Bonner.
O jornalista e apresentador finalizou o discurso dizendo que a ficha para algumas pessoas só vai cair quando ocorrer um óbito de alguém próximo: "Hoje, são oito mil e quinhentas. Amanhã, a gente não sabe. Quando é assim, o baque só acontece quando quem morre é um parente, um amigo, um vizinho ou uma pessoa famosa", encerrou. (*) O tempo
Quando as mortes vão se acumulando ao longo de dias e semanas, como agora, na pandemia, esse baque se dilui e as pessoas vão perdendo a noção do que seja isso: 8 mil vidas acabaram. Eram vidas de pessoas amadas por outras pessoas: https://t.co/usfyoglWz7 #JN pic.twitter.com/bxetmwupjr
— Jornal Nacional (@jornalnacional) May 7, 2020
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