Gestantes agora integram grupo de risco da Covid-19 e especialista destaca cuidados com higiene e isolamento social

Mulher grávida. Foto: Recorte / Portal Saúde. 
Enxoval montando e aguardando ansiosamente para ser mãe pela primeira vez. A autônoma Mayara Nascimento, que está com 16 semanas de gestação e parto previsto para setembro deste ano, está em sua primeira gestação e afirma ter se surpreendido ao saber que passou a integrar o grupo de risco para Covid-19, doença provocada pela ação do coronavírus no organismo humano. “Apesar de saber e, de certo modo, esperar os riscos da doença para as gestantes, confesso que me surpreendi, já que almejamos sempre o melhor”, declara.

O Ministério da Saúde incluiu gestantes e mulheres que deram à luz até 45 dias no grupo de risco para o novo coronavírus. Antes, apenas gestantes de alto risco estavam entre os mais vulneráveis para evoluir para quadros graves. O médico ginecologista e obstetra do Hapvida em João Pessoa Romeu Menezes Neto destaca que essas mulheres devem ter cuidados redobrados, com atenção especial a medidas de higiene e reforço do isolamento social.

A surpresa por ingressar no grupo de risco vem acompanhada do medo pelo desconhecido, assim como é para muitas pessoas estejam elas no grupo de risco ou não. “Tenho medo, pois como é uma doença nova o receio é contrair e assim transferir para o bebê, até porque não existe um estudo preciso sobre o assunto ainda”, explica.

Apesar do receio Mayara assegura que está tomando as recomendações passadas pelo Ministério da Saúde. “Sempre que preciso sair para realizar algum exame ou para as consulta de pré-natal, faço uso de máscaras e mantenho distância. Se o local tiver lavabo, lavo sempre as mãos com água e sabão, caso contrário, uso álcool em gel”, afirma.

A dona de casa Juliana Rodrigues também se encontra no grupo de risco, mas diferente de Mayara Nascimento, que espera pelo seu primeiro filho, Juliana há 14 dias foi mãe pela terceira vez. Apesar de no âmbito da maternidade a dona de casa ter mais experiência que a autônoma, quando o assunto é Covid-19, não tem conhecimento que não provoque receio pelos danos que a doença pode causar. “Meu medo maior é pelos meus três filhos, então o que eu puder fazer para preservá-los, farei”, assegura a mamãe.

Juliana Rodrigues também tem tomado os devidos cuidados e seguido as recomendações das autoridades de saúde. “Primeiramente tenho evitado sair de casa, não estou recebendo visitas e sempre higienizo as mãos”, declara.

Seja para Juliana ou para Mayara, o médico ginecologista e obstetra do Hapvida afirma que em relação aos cuidados para combater à Covid-19 as orientações são seguir o que determina o Ministério da Saúde e que vale para toda população. “Cuidados com higiene, lavar as mãos com sabão, uso do álcool em gel na ausência de água e sabão, evitar levar às mãos ao nariz, boca e olhos e o principal, que é obedecer o distanciamento social”, ressalta.

O obstetra destaca que no caso de Juliana e tantas outras mulheres que se encontram no puerpério esses cuidados devem ser redobrados. “Isso porque após o parto as mulheres ficam mais propensas a ter complicações graves com a Covid-19”, reforça.

Além disso, Romeu Menezes Neto lembra que gestantes que tiveram ou têm alguma comorbidade a mais, como asma, hipertensão, diabetes ou doenças crônicas, e gestantes no terceiro trimestre devem redobrar os cuidados, pois se enquadram em grupo de risco maior.

Saiba Mais – As gestantes e puérperas foram incluídas no grupo de risco para Covid-19 por meio de uma determinação do Ministério da Saúde que, segundo informações da pasta, as mulheres que se enquadram nesse perfil estão mais vulneráveis aos efeitos da doença ocasionada pelo coronavírus. Não existem estudos conclusivos acerca da comprovação de um perigo maior da Covid-19 para grávidas e puérperas, mas a decisão foi tomada levando em consideração a ação de outros coronavírus e vírus gripais já conhecidos e estudados anteriormente.

Dados – O Brasil registrou, na cidade do Recife, em Pernambuco, a primeira morte de mulher grávida pela Covid-19 no último dia 5 de abril. Porém, um dia antes foi realizado um parto de emergência para retirado do bebê segue internado.  A mãe da criança era uma mulher de 33 anos, que estava gestante de 32 semanas quando acometida pela doença causada pelo coronavírus. (*) Ascom Hapvida

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