A psicóloga Danielle Azevedo. Foto: Hapvida. |
Apesar de estas atitudes ajudarem a enfrentar a doença, Danielle Azevedo assegura que, antes de tudo, é preciso conhecer o contexto familiar e social do paciente. “Nem sempre o paciente se sente à vontade para receber algum tipo de apoio. Creio que todo acolhimento é sempre bem-vindo e importante para que ele se sinta amado e querido entre os seus”, explica a psicóloga.
A especialista afirma que a informação ao paciente de que ele é portador de câncer, na maioria dos casos, o conscientiza de sua finitude. Por isso, é importante que o indivíduo seja envolvido nas decisões, especialmente quando se trata de questões relacionadas ao tratamento. Além disso, a psicóloga explica que o diagnóstico de câncer é frequentemente acompanhado de depressão, traduzido pelo fato de o paciente não conseguir manter uma atitude de aceitação interior. Como não consegue negar a doença, vê-se obrigado a reconhecer que tem um câncer, deprimindo-se no início da doença, ou durante o tratamento.
“Em geral, ao ser informado do diagnóstico médico, o primeiro mecanismo de defesa utilizado pelo paciente é a negação. Inicialmente a negação funciona como um escudo protetor, mas se persistir por longo período, ela pode enfraquecer o relacionamento e impedir o paciente de assumir uma atitude mais responsável”, pontua Danielle Azevedo.
Medo da impotência - A especialista ressalta que outro sentimento que pode permear a vida do homem diagnosticado com câncer de próstata é a impotência. “Embora haja uma evolução em termos de possibilidades de tratamento, observa-se que por se tratar de um órgão que afeta a sensibilidade sexual masculina, o sentimento de impotência está presente na grande maioria. Homens maduros associam o câncer de próstata à perda da virilidade e da identidade masculina, gerando grande sofrimento emocional e familiar”, pontua a psicóloga que acrescenta: “A título de sugestão, convém destacar que esses pacientes necessitem de um espaço em que suas angústias sejam trabalhadas. Seria adequada, além do tratamento médico, uma intervenção com suporte afetivo-emocional”, finaliza. *Ascom
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