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Menina brincando ao lado da fogueira e o médico infectologista Fernando Chagas, da Hapvida (Foto: Montagem). |
Com isso, o médico infectologista do Hapvida em João Pessoa, Fernando Chagas, explica que esse é um período complicado tanto para quem já sofre de alguma doença do trato respiratório, quanto para quem não apresenta quadro desse tipo de problema. “A fumaça irrita as vias respiratórias. O monóxido de carbono, liberado na fumaça, pode intoxicar a pessoa porque substitui o oxigênio na sua ligação com a hemoglobina (a hemoglobina é responsável pelo transporte de oxigênio. Então se o oxigênio sair da hemoglobina, os tecidos ficarão sem esse gás essencial). Sendo assim, o monóxido de carbono pode matar. Isso sem contar que a fumaça irrita os olhos, nariz, boca. Por isso sufoca, desorienta, principalmente idosos e quem já têm doença pulmonar”, enfatiza.
No que diz respeito às chuvas presentes nesse período mais frio do ano, o especialista esclarece que as chuvas contribuem para maior aglomeração de pessoas em locais fechados o que, consequentemente, aumenta o risco de doenças infectocontagiosas. “Este é o motivo pelo qual a gripe aumenta nesse período. Isso junto com a fumaça tem um efeito impactante no risco de adoecimento e piora dos que já estão doentes”, conta.
Apesar de todos esses problemas que afetam a saúde, principalmente de crianças e idosos, Fernando Chagas, afirma que é possível aproveitar os festejos juninos, para isso, basta tomar alguns cuidados. “É importante que as pessoas que terão contato com a fumaça sempre lavem o rosto e os olhos sair do local que estiver com fumaça e, se piorar muito, procurar atendimento de urgência. Às vezes o tratamento é com oxigênio puro, oferecido nas unidades de saúde”, explica o infectologista.
O médico aproveita para fazer alguns alertas: “Repensem sobre as fogueiras. É tradição, é maravilhoso milho na brasa e também é bom ver fogueira em frente de casa. Mas se a pessoa mora em região rural, tudo bem. Porém, para quem mora em regiões com prédios e, principalmente, hospitais, evite fazer fogueiras. No mais, cuidado com os fogos. E lembrem-se: os animais também sofrem com os barulhos dos fogos. Nessas horas, o melhor mesmo é sempre se colocar no lugar do outro”, orienta.
Assessoria
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