Ataques a mesquitas deixam pelo menos 49 mortos na Nova Zelândia

Pelo menos 49 pessoas foram mortas e mais de 20 ficaram feridas em tiroteios realizados nesta sexta-feira em duas mesquitas na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia. 

Uma vítima dos ataques sendo levada às pressas por socorristas (Foto: Divulgação / Reuters). 
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardem, classificou os ataques como atos terroristas.

Três homens e uma mulher foram detidos pela polícia neozelandesa - pelo menos um deles tem nacionalidade australiana.

De acordo com o jornal Herald, de Christchurch, ele teria escrito um manifesto dizendo que estava pronto para realizar o ataque. No texto, ele se declarava como anti-imigrante e adepto da ideologia de extrema direita.

Um dos atiradores fez uma transmissão ao vivo nas redes sociais do momento em que disparava contra os fiéis no interior de uma das mesquitas.

O Facebook anunciou que removeu as cenas postadas em sua plataforma e também do Instagram - foram apagadas ainda manifestações de apoio aos ataques que tinham sido publicadas.

O que sabemos até agora?
Os ataques teriam começado às 13h30 (hora local) desta sexta-feira. Segundo a polícia, "múltiplas fatalidades" foram registradas em dois locais.

A sequência de eventos ainda não está clara - a maior parte do que se sabe até agora vem de relatos de testemunhas para a imprensa local.

Também não está claro quantos atiradores participaram do atentado.

A primeira notícia de ataque veio da mesquita Al Noor, localizada no centro de Christchurch, em frente ao Parque Hagley. Testemunhas contaram que precisaram correr para se salvar e viram pessoas sangrando no chão do lado de fora do prédio.

Uma segunda mesquita no subúrbio de Linwood também foi evacuada. Mas, por enquanto, há poucos detalhes sobre o que teria acontecido lá.

A polícia desativou ainda "uma série de (dispositivos explosivos) presos a veículos", segundo informou o comissário de polícia, Mike Bush.

Um sobrevivente que não quis ser identificado disse à TV New Zealand que estava na mesquita Al Noor quando viu um homem ser atingido no peito. O atirador teria atacado o salão de orações dos homens primeiro, e se dirigido para o das mulheres na sequência.

"O que eu fiz foi basicamente esperar e rezar, pedir a Deus para acabar a munição dele", contou a testemunha.

Um palestino que também pediu para não ser identificado disse à agência de notícias AFP que ouviu barulho de tiros e viu um homem ser baleado na cabeça.

"Eu ouvi três tiros rápidos, depois de cerca de 10 segundos começou de novo - devia ser uma arma automática, ninguém conseguiria puxar um gatilho tão rápido", disse ele.

"As pessoas começaram então a correr. Algumas ficaram cobertas de sangue."

BBC Brasil

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