A
imprensa nacional está repercutindo uma abertura de investigação pelo TSE
relacionada a um suposto apoio irregular do governo do Estado da Paraíba,
administrado por Ricardo Coutinho (PSB), à campanha do presidenciável Fernando Haddad (PT). A ação foi movida pela coligação do adversário do candidato
petista na disputa, o deputado federal Jair
Bolsonaro (PSL), que apontou ocorrência de abuso de poder político, econômico e
de mídia. E, por isso, quer a inelegibilidade de Haddad e de sua vice Manuela D’Ávila
por oito anos e seus diplomas cassados, caso sejam eleitos. Veja repercussão,
na íntegra, em matéria de O Globo.com
TSE abre
investigação sobre suposto apoio irregular do governo da Paraíba a Haddad
Campanha
de Bolsonaro pediu inelegibilidade de candidato do PT
BRASÍLIA
— O ministro Jorge Mussi, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), abriu
investigação para apurar se o governo da Paraíba prestou apoio de forma
irregular ao candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad . O pedido foi
feito pela campanha de seu adversário da disputa, Jair Bolsonaro (PSL), que
apontou a ocorrência de abuso de poder político, econômico e de mídia. Os
advogados de Bolsonaro pedem que, ao fim do processo, Haddad e sua vice,
Manuela D'Ávila (PCdoB), sejam considerados inelegíveis por oito anos e tenham
seus registros de candidatura ou diplomas (no caso de serem eleitos) cassados.
A
defesa do candidato do PSL alegou que o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho
(PSB), tem prestado "apoio contundente ao primeiro investigado (Fernando Haddad),
juntamente com todo seu staff e toda a estrutura política e
administrativa" do governo estadual. Isso teria ocorrido de formas
diferentes.
O
número de representações de um candidato contra o outro apresentadas no TSE
cresceu cerca de 150%, em relação as eleições de 2014, até o dia 15 de setembro
de cada ano. Na quinta-feira, o tribunal determinou a remoção de um vídeo em que
Bolsonaro disse que a possibilidade de perder a eleição "na fraude"
para Haddad é "concreta".
Na
representação sobre a Paraíba, a campanha de Bolsonaro, afirma que um jornal
oficial do governo estadual teria publicado "matérias negativas e baseadas
em fake news" para promover Haddad ou desqualificar Bolsonaro. Além disso,
os advogados do candidato do PSL afirmaram que a estrutura da Universidade
Estadual da Paraíba (UEPB) foi usada para "fomentar a candidatura
petista". Por fim, diretores e professores de escolas públicas teriam sido
coagidos a fazer campanha para Haddad.
Os
advogados de Bolsonaro pediram a retirada imediata das matérias jornalísticas
citadas da internet e a suspensão de "novas matérias depreciativas"
contra o candidato do PSL. Também solicitaram a remoção imediata de um texto no
site da UEPB, assim como de uma postagem do Instagram.
Mussi
negou atender esses pedidos por agora. Segundo ele, "o que se pode aferir
é a defesa apaixonada do povo nordestino; a mera reprodução de manifestações de
personalidades políticas; a exibição de matéria relacionada a declaração feita
pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro, amplamente divulgada pela mídia; nota
da UEPB em repúdio a ações violentas e defesa da educação e de valores
democráticos, sem agressões à honra ou à imagem de candidato ou explícita propaganda
eleitoral; e, finalmente, publicidade de evento no qual se associa o nome do
candidato representado (Haddad) à universidade, cuja organização se atribui à
'Comunidade Acadêmica UEPB'."
A
campanha de Bolsonaro pede que Coutinho, a diretora do jornal, e o reitor e
vice-reitor da UEPB também sejam declarados inelegíveis ao fim do processo.
Mussi deu prazo de cinco dias para que todos eles, incluindo Haddad e Manuela,
apresentem suas defesas.
@RedaçãoPlugados
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