Ex-presidente Lula é preso pela Polícia Federal

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se entregou à Polícia Federal na tarde deste sábado (7), mais de 24 horas após o prazo determinado pelo juiz federal Sergio Moro. Lula permaneceu cercado de aliados no Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, desde a noite da última quinta (5), quando foi emitido seu mandado de prisão.

Antes de deixar o sindicato, Lula discursou aos apoiadores em cima de um carro de som e disse: “eu não sou mais um ser humano. Eu sou uma ideia”. Então, voltou nos braços do povo para o prédio, onde almoçou com familiares.

De São Bernardo, Lula vai para o aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, onde pega um avião da Polícia Federal rumo a Curitiba. Do Aeroporto Afonso Pena, um helicóptero deve levar o ex-presidente para a Superintendência da Polícia Federal na capital paranaense. Lá, há uma sala especial preparada para que Lula cumpra os primeiros dias de sua condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Lula foi condenado em segunda instância no dia 24 de janeiro, no Tribunal Regional federal da 4ª Região, em Porto Alegre, e ainda sua pena aumentada para 12 anos e um mês de prisão. O ex-presidente foi condenado por conta da ação do tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo, e só aconteceu por conta do encerramento da jurisdição criminal de segundo grau, ou seja, após terem sido esgotados os embargos de declaração. A decisão pela prisão, entretanto, ficou por conta da primeira instância.

A prisão ocorre dois dias após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter negado por 6 votos a 5 o habeas corpus no qual a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentava impedir a prisão após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça Federal. Os advogados tentavam mudar o entendimento firmado pela Corte em 2016, quando foi autorizada a prisão após o fim dos recursos naquela instância. O julgamento durou cerca de onze horas.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, foi o voto de minerva contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na madrugada desta quinta-feira (5). O resultado pela rejeição do habeas corpus apresentado pela defesa do petista ficou em seis a cinco. Cármen relembrou que mantém posição antiga dela na Corte, desde 2009, sobre a condenação em segunda instância.

O Superior Tribunal de Justiça, na figura do ministro Felix Fischer, e o ministro do STF Edson Fachin rejeitaram uma série de pedidos de habeas corpus interpostos pela defesa do ex-presidente e outros simpatizantes que não têm a representação legal de Lula.

A defesa de Lula argumenta que ainda haviam recursos a serem analisados pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, os chamados “embargos dos embargos”.


Jovem Pan
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