A Fatura e A Fratura Expostas do “NOVELHO” – por Professor Antônio Souza

(Triste epílogo da Esquerdóide). 

Sempre que vejo na TV ou na internet, documentários ou reportagens sobre militantes políticos de 40 ou 50 anos atrás, quando vivíamos uma época de muita censura e repressão políticas em nosso país, em que se sucederam no Poder cinco militares de alta patente e, por outro lado, aqueles verdadeiros mitos para a minha geração, que lutavam incessantemente contra os desmandos e o “ Cálice “ ou “Cale-se ” daquele período, imposto por quem não tinha a menor legitimidade para fazê-lo, invariavelmente, concluo: QUE DECEPÇÃO ! Estas pessoas quando tiveram a primeira oportunidade nas mãos, o poder de decisão, o poder de transformar esta nação numa nação respeitada por todo o mundo, desencantaram todo mundo.

Lastreado na experiência e na vivência que tive neste ambiente de  “mitagem”, dou-me ao direito de pelo menos desconfiar que outros que tombaram na luta ou se retiraram do processo, se estivessem vivos ou participando ativamente das lides políticas, também e igualmente estariam corrompendo e se corrompendo.

Agora, é preciso uma dose muito forte de indignação e de decepção para, publicamente, expor um rompimento com um passado idealista, admitindo que à época não enxergava o que enxergo hoje. Hoje posso afirmar com segurança que para mim chega a ser óbvio, para não dizer “ululante”, o quanto estava equivocado sobre o que viria pela frente. Isto me faz lembrar dois trechos de uma música de John Lennon     ( Oh My Love ) quando ele diz: “ Os meus olhos estão completamente abertos ” e “ Tudo está tão claro em nosso mundo ”. 

Se apenas dez por cento do que disse o ex-ministro Palocci de fato ocorreu, isto é muito grave e depõe contra quem passou a vida pregando de canto em canto neste país que era preciso tomar uma atitude drástica contra um estado de malandragem e promiscuidade políticas, geradoras de desvios de recursos públicos e enriquecimento ilícito de altas autoridades das administrações nas três esferas do Poder no Brasil. Não há como negar que fica uma sensação desalentadora de orfandade.

Tenho dito !


Antonio José de Souza
Historiador, Professor e Bacharel em Direito

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