Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Foto: Agência Brasil) |
"Estados precisam garantir que as condições de detenção sejam compatíveis com a proibição da tortura e um tratamento degradante, cruel e desumano", diz o comunicado. "Essas condições precisam também ser compatível com o direito de todas as pessoas presas de ser tratadas com humanidade e com respeito à sua dignidade inerente", completou a ONU.
A organização lembrou ainda que em 1992 o Comitê de Direitos Humanos declarou que o tratamento humano deve ser referência para todos os países em todas as condições. A rebelião foi resultado da rivalidade entre duas organizações criminosas que disputam o controle de atividades ilícitas, como o tráfico de drogas, na Região Amazônica: o Primeiro Comando da Capital (PCC) e a Família do Norte (FDN),aliada ao Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro.O local abrigava 1.147, sendo que a capacidade era de 450 detentos, uma superlotação de 254%, de acordo com o documento enviado pela Secretaria de Direitos Humanos ao Ministério Público Federal em janeiro de 2016.A Anistia Internacional também divulgou nota cobrando a imediata investigação do massacre.
"A superlotação e as péssimas condições do Complexo Anísio Jobim, assim como do sistema prisional do Amazonas como um todo, já tinham sido denunciados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pelo Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. Mas as autoridades não adotaram as medidas necessárias e a situação apenas se deteriorou", aponta a Anistia.
A Associação Juízes para a Democracia (AJD) também afirmou que "corrobora a necessidade da sociedade e do Estado brasileiro refletirem sobre tal política punitivista". "É necessário desvencilhar-se da crença no Direito Penal como solução de problemas estruturais, como a violência decorrente da pobreza e das desigualdades”, disse a associação, em nota.IndenizaçãoO governador do Amazonas, José Melo (PROS), determinou na manhã desta terça-feira (3) que a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) inicie os trâmites para a indenização das famílias das vítimas, conforme prevê a Constituição e jurisprudências do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Supremo Tribunal Federal (STF).Familiares reclamaram da demora e da falta de informações sobre a identificação dos corpos na espera em frente ao Instituto Médico Legal (IML) de Manaus.As secretarias de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) e de Assistência Social (Seas) irão prestar apoio às famílias para o funeral por meio de um grupo de trabalho. (HuffPost Brasil)
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