Desculpa de menino sambudo! – por professor Antônio Souza

“A Presidente Dilma Rousseff entrará para a história como uma ex-Presidente em pleno exercício do mandato.” Josias de Souza (2015)


Todas as vezes que um menino traquinas faz algo de errado e alguém reclama ele logo aponta outro menino e diz: “ele também fez “. A pior desculpa de um petista quando alguém reclama de algo do Governo do PT é quando ele diz: “ora, os outros e o Fernando Henrique Cardoso (FHC) também fizeram assim e ninguém disse nada.” 

Outra mania inteiramente condenável de muitos petistas é quando falam na terceira pessoa como se eles nada tivessem com o atual estado de coisas no nosso país. É muito comum um árduo defensor do Governo falar como se ele não fosse do Governo e brada “O Governo precisa fazer isso, fazer aquilo “como se ele fosse da Oposição e nada pudesse fazer.
Isso é proposital, é estratégico, para desviar a ira e a revolta de quem lhes questiona. É uma espécie de fuga, um mecanismo de defesa. A psicologia pode explicar bem esse fenômeno. Até mesmo os governantes, nas três esferas, de Prefeito a Presidente da República, agem assim, como se os titulares e os ordenadores não fossem eles. Não assumir a responsabilidade e a culpa pelo que faz ou proporciona é extremamente negativo para estabelecer uma relação institucional entre o cidadão comum e o que está no exercício do Poder. Se por um lado a sociedade precisa saber qual é o seu papel na condução da coisa pública, ela por outro lado, também precisa saber quem está efetivamente executando as suas demandas. 
Só quando a situação está insustentável, como agora, é que alguns mais centrados e focados na opinião pública e até para amenizar um pouco as suas “barras”, admitem que o PT deve fazer uma mea culpa e um “exame de consciência”, como fez o ex-Prefeito de Belo Horizonte Patrus Ananias, numa entrevista bastante lúcida a um jornal de grande circulação, enquanto outros fazem cara de paisagem. 

Também é tática de um Governo autoritário e populista, no caso, dito de esquerda, ameaçar e perseguir indivíduos, órgãos e instituições que de algum modo interfiram, desagradem ou contrariem os desejos, os devaneios e os delírios de quem esteja dando ordens, embora não admita explicitamente, e com todas as letras, que esteja exercendo o Poder em toda sua plenitude. 

Tenho dito! 


Antônio José de Souza Professor, historiador e bacharel em Direito (Jan. 2016)


Compartilhe no Google Plus
    Faça seu comentario pelo Gmail
    Faça seu comentario pelo Facebook

0 comments:

Postar um comentário