- Mogi Mirim 0 x 3 Santa Cruz (Foto: Ricardo Fernandes / DP). |
Itu
é conhecida por ter as coisas em tamanhos desproporcionais. Só que gigante
mesmo foi a torcida Santa Cruz que tomou a cidade. Ela foi a síntese mais fiel
da resistência do clube nos longos e lancinantes anos longe da elite. Na
decisão no Novelli Júnior, não poderia ter sido diferente. Vinda dos mais
variados lugares de Pernambuco, dos mais variados lugares do país, transformou
o estádio no interior paulista em um pedacinho do Arruda.
Foram
mais de mil representantes do sentimento de uma nação que ansiava pelo acesso.
Levaram sustos. O primeiro tempo empatado sem gols e com uma atuação frustrante
da equipe aumentou a tortura. O sofrimento acabou no começo do segundo, com um
gol de pênalti de Daniel Costa e outro de Bruno Moraes logo na sequência. Bileu
completou a alegria. A partir de então foi só aguardar o apito final. Quando o
jogo terminou, veio a redenção.
Antes
mesmo do término da partida, muitos torcedores já se ajoelhavam, como se
quisessem repetir uma penitência agora já cumprida pelo clube. Outros rezaram,
se abraçaram. Outros não contiveram as lágrimas. Lágrimas de alegria. Alegria
misturada com alívio. Lágrimas de paixão irremediável pelo Santa Cruz. Todos
saudaram os seus jogadores, o time de guerreiros que nunca desistiu.
Libertaram-se de uma cárcere que, no seu começo, parecia interminável. (Diário de Pernambuco)
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