| ARTIGO |
Para mim, que fui um aguerrido militante do Partido dos Trabalhadores, nos melhores tempos da minha juventude política e ideológica, é muito desconfortável e desconfortante ter que atestar o fim de uma utopia. É mais ou menos como ter que admitir que um irmão ou um querido filho estão cometendo ilicitudes.
Para mim, que fui um aguerrido militante do Partido dos Trabalhadores, nos melhores tempos da minha juventude política e ideológica, é muito desconfortável e desconfortante ter que atestar o fim de uma utopia. É mais ou menos como ter que admitir que um irmão ou um querido filho estão cometendo ilicitudes.
Quando tento traçar um comparativo e um paralelo entre
ilícitos da era Collor e o atual quadro petista, chega a dar dó da Elba, não a
cantora Ramalho, evidentemente, nem muito menos a famosa ilha. Refiro-me ao
carro supostamente recebido por falcatrua pelo ex-Presidente Collor de Mello,
que deu todo aquele escarcéu que, entre outras denúncias, lhe rendeu o
impeachment no final de 1992.
Eu sou do tempo em que nós do PT lutávamos por causas
nacionais e internacionais das mais nobres. Da época em que o nosso Partido não
tinha sequer um vereador em toda a Paraíba. Para nos reunirmos em João Pessoa e
Campina Grande, precisávamos fazer uma “vaquinha” para pagar as passagens dos
companheiros, inclusive a minha, dos mais diversos lugares e recantos do nosso
estado.
Nessa época, recebemos estrelas e destacados nomes do
PT nacional, aqui em Guarabira: Lula por diversas vezes, Benedita da Silva,
Jair Meneguelli, Vicentinho, Luíza Erundina. Orgulhava-me dizer que jantei com
o José Dirceu na churrascaria “A Paraiguara”, em 1988. Hoje assisto a tudo isto
com muita tristeza e desencanto.
O PT forjou-se na luta como uma espécie de símbolo
contra os desmandos, os ilícitos e toda ordem de corrupção na administração
pública em nosso país. Como se diz, “dava gosto de ver” e de ser um entre
tantos a colocar mais um tijolinho na construção desta patriótica e destemida
agremiação partidária.
Lembrando aquele famoso personagem da TV, “E agora, quem poderá nos defender?”. Penso que é chegada a hora do nosso país contrariar aquela polêmica frase, de controversa autoria: “O Brasil não é um país sério!”. Avante BRASIL!
Tenho dito!
Antonio José de Souza
Professor, historiador e Bacharel em Direito
Problema que se tirar o PT e colocar os 100% neoliberais do PSDB.
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