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ARTIGO |
Talvez,
nós não tenhamos a resposta correta para tais acontecimentos, no entanto, um
aspecto chama bastante a atenção que é o papel da família nessas situações.
A
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96), mais
conhecida como LDB, afirma que a educação é dever da família e do Estado. Neste
contexto, entendemos que o Estado vem em segundo plano auxiliando a família na
luta cotidiana. Já o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n° 8.069/90),
conhecida como ECA, afirma que é dever da família, da comunidade e da sociedade
em geral a educação da criança e do adolescente. Percebam que em primeiro plano
novamente vem a família como fator primordial à educação das crianças e dos
adolescentes.
Assim,
observamos que a escola não tem o papel único e exclusivo de educar os filhos
dos pais. Esta ação é inerente à família, aos pais. O que compete à escola é
ajudar nessa ação de educar, complementando e auxiliando os responsáveis nessa
árdua batalha diária de direcionar as crianças para o bom caminho, dando-lhes
todo o apoio necessário para enfrentar os obstáculos da vida. No entanto, o que
temos observado é o descompromisso de muitos pais na educação de seus filhos,
deixando a cargo da escola uma tarefa que é função deles.
A
família tem o dever de educar suas crianças, orientando, e não as deixando ter
a impressão que são “os donos do pedaço”, que tudo podem e que tudo é
permitido. E isto não quer dizer que não tem que ter amor. O amor é o fator
mais importante na hora de orientar os infantes.
Quanto
à escola, a mesma é responsável pela a escolarização das crianças, como
afirmamos antes, complementando a educação delas, contemplando um tempo
determinado de quatro ou sete horas, onde as crianças permanecem dentro de uma
sala com trinta ou quarenta crianças, e, absorvendo conteúdos técnicos de
diversas áreas como as de linguagens, geo-história e exatas, além dos conteúdos
conceituais e procedimentais.
Então
como os profissionais da educação podem educar crianças que passam tão pouco
tempo na escola, e que além desses fatores têm que cumprir um programa para não
deixar que os alunos se prejudiquem ao final de cada ano letivo? Difícil
responder, pois, se a família não cumpre seu oficio, tão pouco a escola irá
conseguir o seu.
Quando
a família não cumpre seu papel de autoridade diante dos filhos, a escola tem
dificuldade em realizar o seu, e o que surgem são atos de violência contra os
professores porque eles irão praticar sua autoridade dentro de sala de aula ao
pedir a tarefa, ao pedir concentração, participação e também silêncio, vão
exigir atitudes dos alunos, e eles não vão querer realizar os seus ofícios de
estudar e realizar o que é de sua obrigação. E como alguns não têm isso em
casa, de obedecer a autoridade máxima do ambiente, consequentemente, não irão
seguir as regras escolares, e o que acarretará é o surgimento de atitudes
violentas que, de forma alguma, é demonstrado por atos de agressão contra os professores.
Nesse
momento, em que observamos que a violência contra os profissionais da educação
vem aumentando, a escola também não deve e nem vai ser omissa. Cabe à escola
ter o importante papel de orientar as crianças que nelas estão e também os pais
na educação desses, uma vez que eles parecem estar meio perdidos em sua missão
de
educar os seus entes mais queridos, os filhos. Lembrando que educar e ter
autoridade
diante dos filhos não quer dizer, como afirmado antes, que não tem que haver amor e atitudes que demonstrem sentimento familiar. Tem que haver sim e sempre. Até porque a melhor educação está cercada do ‘sim’ e também do ‘não’.
diante dos filhos não quer dizer, como afirmado antes, que não tem que haver amor e atitudes que demonstrem sentimento familiar. Tem que haver sim e sempre. Até porque a melhor educação está cercada do ‘sim’ e também do ‘não’.
Amália
Kelly Souza Ribeiro
Graduada
em Pedagogia e em Administração Pública; Pós-graduada em Psicopedagogia
Institucional e em Gestão Pública.
Pedagoga
na Secretaria Municipal de Educação de Guarabira.
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