MP
sugere mudanças na contratação dos serviços; deputada vai levar assunto para
discutir com presidente do TJ
A
deputada estadual, Camila Toscano (PSDB), recebeu nesta terça-feira (24), em
seu gabinete na Assembleia Legislativa, uma comissão de advogados para falar
sobre as ações movidas pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) contra os
escritórios de advocacia. O órgão ministerial quer que a contratação dos
advogados pelas prefeituras se dê através de licitação. A parlamentar se
comprometeu a agendar uma audiência junto ao procurador-geral de Justiça,
Bertrand Asfora, e o presidente do Tribunal de Justiça, Marcos Cavalcanti, para
discutir o tema.
Segundo
o presidente da Comissão dos Advogados junto ao Tribunal de Contas do Estado
(TCE), Marco Villar, o Ministério Público está ingressando com ações contra
profissionais que trabalham para prefeituras. Ele explicou que o MPPB está
tentando forçar os prefeitos a realizarem processo licitatório para contratar
advogado.
Após
ouvir as explicações, a deputada Camila Toscano, que também é advogada, se
colocou a disposição e disse que vai solicitar uma audiência com o Ministério
Público e também com o Tribunal de Justiça. “Vamos buscar um entendimento para
esse caso. Acredito que os prefeitos têm a liberdade de contratar os advogados
da sua confiança para tratar das ações, tanto pessoais como administrativas.
Acredito no bom senso para que essa questão fique resolvida e sem problemas
para nenhuma das partes”, disse.
De
acordo com o advogado Marco Villar, hoje em dia os advogados na Paraíba são
contratados pelas prefeituras via inelegibilidade de licitação. “Nós somos
contratados dessa forma porque o Tribunal de Contas já decidiu assim, o
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil também tem esse entendimento
e seguimos essa orientação. Existe, inclusive, várias decisões sobre essa
temática”, destacou.
O
advogado, Leonardo Varandas, explicou ainda que o processo de licitação de
advogado, como quer o Ministério Público, impede a adoção de critério da
confiança, o que é fundamental na relação entre o contratante e o contratado.
“E como seria se um advogado de uma prefeitura contratado via licitação fosse o
adversário político do prefeito? São coisas que temos que pensar”, indagou. (Assessoria)
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