Dr. Adrovilli Grissi deu detalhes sobre o caso durante entrevista coletiva na manhã desta terça (8)
Frio e calculista. Foi assim que o delegado responsável pelas investigações, classificou o acusado de matar e enterrar a estudante Fernanda Ellen, de 11 anos, que havia desaparecido desde o dia 7 de janeiro deste ano. Em um passo a passo sobre o que relatou o acusado, o delegado Aldrovilli Grisi Dantas (foto ao lado) deu detalhes, nesta terça-feira (8), durante entrevista coletiva realizada no auditório da Escola de Serviço Público do Estado da Paraíba (Espep), da confissão do acusado, que era vizinho da vítima.
Conforme a confissão descrita pelo delegado, o vizinho da vítima já residia há pelo menos três anos no bairro e já convivia com a família de Fernanda Ellen, portanto, não era tido como uma ameaça, tanto é que no dia do crime, Jefferson de Oliveira viu a garota se aproximando da casa dela e a interceptou inocentemente.
Aliciamento e assassinato
“Fernanda vem aqui, por favor,” confessou o acusado. Ele disse à polícia que a garota prontamente, sem desconfiar, se dirigiu até ele. “Nesse momento, o acusado pediu o dinheiro da garota e disse: Fernanda me dê seu dinheiro e ela, já amedrontada, respondeu: me deixe ligar para meu avô que ele vai lhe dar o dinheiro”, relatou o delegado.
Ainda conforme a confissão do acusado relatada pelo delegado, o vizinho não gostou da resposta da garota e arrebatou o celular do bolso da menina e disse: “Você está sequestrada”. Nesse momento, contou revelou Jefferson à polícia, Fernanda começou a gritar e o acusado, com receio que os outros vizinhos escutassem os gritos, deu uma gravata na estudante até que ela desfalecesse.
Segundo o delegado Aldrovilli Grisi, o acusado não confessou nenhuma violência sexual contra Fernanda Ellen, mas relatou que escondeu a menina debaixo da cama de casal e escondeu o celular dela dentro de um urso de pelúcia que havia em sua casa. “Logo após o ato, o acusado disse que voltou ao convívio normal”, disse.
Ocultação do cadáver
O delegado disse que como sua esposa chegou à residência, Jefferson (foto ao lado) não teve como se desfazer do corpo no momento em que matou Fernanda Ellen. “Quando a mulher deixou a casa para dormir com a mãe, ato que fazia cotidianamente, já que o esposo trabalhava durante a noite, ele resolveu empacotar o corpo em um saco para jogá-lo em algum matagal, porém foi surpreendido por uma grande movimentação de policiais na rua que já investigavam a denúncia sobre o sumiço da adolescente”, disse Grisi.
Jeferson contou à polícia que, com medo de ser descoberto, resolveu enterrar o corpo da estudante no quintal de casa. Isso, segundo relatou o delegado com base na confissão do acusado, aconteceu dois dias após o sumiço de Fernanda Ellen.
O assassino de Fernanda Ellen disse em sua confissão que cavou um buraco para enterrar o corpo da estudante até uma profundidade de um joelho de uma pessoa de estatura mediana.
“Depois disso, ele contou que retirou a sandália e o shorte da garota e, quando iria tirar o resto das roupas, ouviu o barulho de uma vizinha e resolveu enterrar Fernanda com uma blusa e uma calcinha. O shorte e a sandália foram jogados no lixo para despistar as investigações da polícia”, disse o delegado, acrescentando que acusado ainda disse à polícia que voltou a colocar o corpo de estudante seminu em um saco e o soterrou.
Aldrovilli Grisi explicou que na casa do acusado também havia uma cadela de estimação que, a todo momento, queria cavar o buraco onde Fernanda Ellen havia sido enterrada. “Foi aí que o Jeferson resolveu limitar o trânsito do animal apenas ao terraço da casa”, enfatizou.
O preço da vida
Segundo o delegado Jeferson contou que, de posse do celular de Fernanda Ellen e de R$ 200 reais que havia recebido por um serviço como pedreiro, se dirigiu até o Centro da cidade, comprou cinco pedras de crack e encontrou uma usuária de drogas para saber onde poderia comprar mais.
“A usuária foi abordada pelo individuo e se dirigiu até uma pousada na Rua da Areia que serve apenas para consumo de drogas. Lá, ele consumiu os entorpecentes e, quando o dinheiro acabou, ele trocou o celular por droga. Ele trocou a vida de Fernanda por quatro pedras de crack”, lamentou o delegado.
Grisi contou que após o uso de umas 20 pedras de crack, o acusado retornou para residência e dormiu como se nada tivesse acontecido. “Até ontem, o desejo dele era que ninguém soubesse do corpo, porém a esposa já suspeitava da conduta do marido e com as investigações da polícia o mistério chegou ao fim”, observou o delegado, acrescentando que o crime de estupro não está descartado.
*Fonte:Pbagora
via Paraibaja
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